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Manifestantes pró-Hong Kong queimam camisas de LeBron James

Jogador se posicionou sobre o assunto, e declarações deram a entender que astro estaria tomando o lado da China na disputa de território

atualizado

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Vernon Yuen/NurPhoto via Getty Images
Anti-Government Protests Continue In Hong Kong
1 de 1 Anti-Government Protests Continue In Hong Kong - Foto: Vernon Yuen/NurPhoto via Getty Images

O tuíte do dirigente do Houston Rockets, Daryl Morey, em que ele se posicionava a favor de Hong Kong, que vive uma crise com a China, ainda reverbera no continente asiático. Agora, foi a vez de o craque LeBron James se posicionar sobre o assunto, e as declarações do camisa 23 do Los Angeles Lakers não pegaram nada bem com o público chinês, um dos principais mercados da NBA na Ásia. O astro foi alvo de protestos, e camisas com o nome do jogador foram queimadas.

Na última segunda-feira (14/10/2019), James disse em entrevista que as pessoas deveriam ter mais responsabilidade sobre o que elas tuitavam, apesar de terem liberdade de expressão. Ainda de acordo com a opinião do jogador, coisas negativas podem ser atraídas em casos como esses. Foi o suficiente para atrair ainda mais ira para si. Cerca de 200 manifestantes pró-Hong Kong – país que luta para se separar da China –, com fotos do jogador fazendo cara de choro, afirmaram que James é pautado pelo dinheiro. Explica-se: desde o começo da crise com o tuíte de Daryl Morey, a TV estatal chinesa já confirmou que não transmitirá os jogos da NBA, e empresas do país também rescindiram contratos de patrocínio com a franquia texana.

James Lo, que possui uma página sobre basquete no Facebook, explicou o porquê de as declarações de LeBron James terem atraído tantas reações negativas.

“Estudantes vêm aqui quase todos os finais de semana [para protestar]. Eles tomam spray de pimenta no rosto, tomam tiros. A polícia bate em estudantes e pessoas inocentes. E aí, de repente, aparece alguém com isso”, disse, em entrevista ao portal inglês The Guardian.

Em meio à crise, o Yahoo Sports avaliou que a disputa entre Hong Kong e China poderia influenciar até mesmo o teto salarial das equipes da NBA em até 15% na próxima temporada.

“O que LeBron James tentou fazer foi, de certa forma, tomar um lado, que é o lado da China, o que é ridículo”, detonou Aaron Lee, um diretor de marketing que claramente não concorda com o posicionamento do ala do Los Angeles Lakers.

Em quadra, a franquia angelina terá o primeiro compromisso na próxima terça-feira (22/10/2019), quando entrará em quadra para enfrentar o outro time da cidade, o Los Angeles Clippers, na primeira rodada da temporada regular da NBA.

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