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Sindicatos avaliam com otimismo flexibilização no comércio: “É importante”

Com a proximidade das datas comemorativas no fim de ano, a expectativa é de que economia local reaqueça com as novas medidas

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Pessoas caminham em centro comercial
1 de 1 Pessoas caminham em centro comercial - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Às vésperas da chegada do Dia das Crianças, em 12 de outubro, o GDF publicou decreto no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta sexta-feira (9/10), ampliando a flexibilização em bares, restaurantes e no comércio da cidade.

A norma libera a restrição, até então vigente, de seis clientes por mesa nos bares e restaurantes da capital da República.

Além disso, o governador Ibaneis Rocha (MDB) autorizou a ampliação dos horários de funcionamento do comércio de rua, shoppings e centros comerciais do DF.

Presidente do Sistema Fecomércio-DF, Francisco Maia, revela que foi surpreendido com a publicação no no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), mas avalia positivamente a determinação.

“Esse decreto me surpreendeu, porém vemos com otimismo. É uma noticia importante. Embora as coisas estejam voltando calmamente, o fato de permitir a loja de rua aberta por mais tempo, dá otimismo ao vendedor”, pontua

Outro ponto destacado por Francisco é a proximidade das datas festivas do fim de ano. “São datas muito importantes para o vendedor”, diz.

De acordo com a Federação do Comércio, 20,90% dos empresários farão contratações. Ou seja, devem ser abertas 2.860 vagas temporárias em 2020.

“É um otimismo para as pessoas contratem mais. De acordo com o estudo, cerca de 3 mil pessoas terão uma oportunidade em trabalhos temporários”, revela.

Cuidados com a saúde

Para Maia, no entanto, a pandemia não pode ser esquecida.  “Não pode deixar de cuidar do protocolo. Ele vai continuar a existir, é importante que o empresário saiba disso”, alerta Maia.

Jael Antônio da Silva, presidente do Sindicato Patronal de Hotéis, Restaurantes, Bares Similares de Brasília (Sindhobar-DF), concorda. “A decisão vai ajudar em um almoço familiar, por exemplo, pois permite mesma pessoa de uma família na mesa para comer. Porém, o protocolo de saúde deverá ser mantido rigorosamente, como não haver aglomeração e uso de máscaras e álcool em gel”, ressalta.

“Acho que, pela primeira vez desde o início da pandemia, vamos pegar um movimento bom na cidade. Poder usar as brinquedotecas, para recepcionar as crianças na segunda”, destaca Jael.

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Retomada

A decisão ajudará na recuperação econômica e na preparação do setor para a Black Friday, com início em 27 de novembro, e para as festas de fim de ano, período quando, tradicionalmente, há maior procura de produtos.

Com a liberação parcial das atividades no DF, o setor do comércio, atualmente, tem trabalhado com a jornada reduzida. A nova regra também retira esse limite e autoriza os empresários a retornarem ao funcionamento normal de seus negócios, no mesmo período anterior ao da pandemia, de acordo com o previsto nos alvarás oficiais.

Os shoppings passarão a ficar abertos das 10h às 22h, conforme a nova regra estabelecida pelo governador.

Em relação ao comércio de rua, o DODF lista os segmentos liberados. São eles: lojas de calçados; lojas de roupas; serviços de corte e costura; armarinhos e lojas de tecido; atividades de lavanderias, tinturarias e toalheiros; empresas de tecnologia e lojas de equipamentos e suprimentos de informática; setor eletroeletrônico e setor moveleiro. Nesse caso, não há restrição de horário.

Estabilidade de infectados

A segurança para a tomada da decisão é de que, mesmo após a reabertura dos demais setores da economia local, verificou-se que não houve um agravamento dos números de infectados e de óbitos em decorrência do novo coronavírus.

De acordo com dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em agosto, o comércio local e sinalizou uma tímida melhora ao registrar um aumento no volume de vendas de 3,4% em relação ao mês anterior.

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