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Em paralisação, motoristas do Uber pedem segurança e comissão maior

Cerca de 150 motoristas cruzaram os braços na manhã desta sexta-feira (10/2) no estacionamento do ginásio Nilson Nelson

atualizado

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Giovanna Bembom/Metrópoles
uber paralisação
1 de 1 uber paralisação - Foto: Giovanna Bembom/Metrópoles

Motoristas do Uber fizeram uma manifestação nesta sexta-feira (10/2), no estacionamento do Ginásio Nilson Nelson, entre 6h e meio-dia. Os condutores, parceiros do aplicativo, pediram segurança e taxas maiores de comissão pelo serviço. Segundo a Polícia Militar, cerca de 150 profissionais participaram do ato.

De acordo com a Associação de Motoristas Autônomos e de Plataforma Digital (Asmap), existem hoje no DF cerca de 7 mil motoristas de Uber no DF. No entanto, apenas 3 mil vivem exclusivamente da atividade econômica. Os condutores afirmam que querem ser ouvidos pelo poder público.

“O primeiro passo foi dado. Existe uma lei, mas a lei é para a empresa, não trata do motorista. Hoje, por exemplo, a Uber cobra 25% de qualquer corrida do Uber X. Queremos um percentual pelo menos igual ao de São Paulo, que está em 20%”, disse Jardel Cassemiro, diretor da entidade.

Além disso, os parceiros pedem mais segurança na escolha dos usuários e regulamentação da lei aprovada na Câmara Legislativa e sancionada pelo governador Rodrigo Rollemberg (PSB) no ano passado. Segundo a associação, hoje o cadastro dos condutores é muito rígido, mas para os clientes basta aderir ao aplicativo. “O Uber é a alternativa de renda para muitas pessoas. Precisamos de alguma estrutura como, por exemplo, banheiros químicos e pontos para pararmos, como perto do aeroporto”, completou.

O Uber, por sua vez, destaca que os 25% cobrados é igual em todo o país e que a diferença é do Black, cujo percentual é 20%. De acordo com o aplicativo, o atendimento no DF não foi afetado pela paralisação.

Giovanna Bembom/Metrópoles

 

Entre os manifestantes estava Jeferson Couto, 31 anos. “O aplicativo é falho. Não temos segurança e ficamos vulneráveis. A gasolina é muito cara. A Uber não dá respaldo quando temos algum problema no veículo. Por isso, queremos a diminuição da taxa de 25% para 15%”, disse.

“Fui assaltado cerca de quatro meses atrás. Pediram a corrida em dinheiro e quando estava na EPTG dois menores anunciaram o assalto. Me levaram o dinheiro que eu tinha e dois celulares. Precisamos de mais segurança”, completou Rodrigo Novais, 40.

Regulamentação
Depois de intensa discussão na Câmara Legislativa do DF e conflitos com taxistas, a regulamentação do Uber foi aprovada no Distrito Federal. Embora o primeiro texto de regulamentação da atividade fizesse a previsão de restringir o número de carros em 1,7 mil permissões, a decisão foi revista pelos deputados em segundo turno e os aplicativos de transporte individual foram aprovados no DF, com a atribuição do Executivo decidir se restringiria o número de carros.

Em 2 de agosto, Rollemberg sancionou o documento liberando o serviço. No entanto, ainda falta regulamentar as taxas a serem pagas pelos motoristas e pelo aplicativo, entre outros detalhes.

 

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