A Semana de Moda de Milão está a todo vapor com a temporada de outono/inverno 2020. Parte do principal circuito de desfiles internacionais, o evento começou na quarta-feira (19/02/2020). Entre os destaques, estão as apresentações da Prada, Fendi, Moschino e Max Mara, grifes que já são tradicionais na fashion week italiana.

Vem comigo!

 

Prada

Uma das marcas mais aguardadas na Semana de Moda de Milão, a Prada tem apostado em peças atemporais. Desde a última temporada, a etiqueta passou a mirar na simplicidade. A ideia é proporcionar combinações fáceis, sem perder a sofisticação.

No fall/winter 2020, Miuccia Prada complementou a ideia com um toque descolado. O objetivo da estilista foi demonstrar a “força das mulheres, com ênfase em uma autoridade inerente encontrada naquilo que é intrinsecamente feminino”, de acordo com comunicado oficial.

O conceito foi aplicado em itens clássicos que ganharam adaptações menos formais. As saias plissadas, por exemplo, transformaram-se em franjas.  Ternos de seda foram decorados com estampas florais gráficas, enquanto blazers receberam volume.

 

 

 

 

 

O desfile aconteceu na Fundação Prada, uma das instituições de arte privada mais famosas do mundo. Criado pelo estúdio de arquitetura e urbanismo OMA, o cenário montado misturou tons de preto, branco e vermelho. A estrutura englobou diferentes nichos, por onde as modelos saíram e entraram na passarela.

 

Fendi

Desde a morte de Karl Lagerfeld, que completou um ano nesta semana, a Fendi passa por mudanças. Apesar de ser disruptivo, durante a trajetória como diretor criativo da label, o alemão tinha um DNA mais clean.

Atualmente, a etiqueta está em mood mais ousado. No outono/inverno 2020, a cartela suave de pigmentos foi incrementada com renda e diversas texturas, como o acetinado e o jacquard. Silvia Venturini Fendi também apostou em mix interessantes, caso do tricô misturado ao couro.

“Silvia Venturini Fendi celebra a visão de feminilidade da Fendi que é, ao mesmo tempo, provocativa e contida, elegante e fortalecedora. Do boudoir à sala de reuniões. O resultado é um guarda-roupa digno de uma ousada femme fatale“, destacou o comunicado.

Entre os protagonistas do show, estão a transparência e as mangas bufantes. Além de modelagens amplas, as silhuetas marcadas tiveram espaço.

 

 

 

 

 

Os convidados se acomodaram em sofás acolchoados. Com uma nuance rosada, a passarela tinha aspecto felpudo.

 

Moschino

O desfiles da Moschino sempre são performáticos e trazem uma dose de humor. Nesta temporada, Jeremy Scott, diretor criativo da grife, apostou em uma junção entre o antigo e o atual.

Com inspiração em Maria Antonieta, o estilista se divertiu com vestidos e cabelos de época. “Estava brincando com toda essa ideia de uma máquina do tempo”, explicou à imprensa internacional.

O designer retratou o glamour da corte do século 18 com ícones do DNA da Moschino. Tudo foi feito com diversão, sem perder o tom de rebeldia.

Não faltaram texturas, formas e cores. A passarela foi recheada de peças estruturadas, recortes, volumes e amarrações. Aplicações deram o toque final.

 

 

 

 

 

O trabalho também teve cunho social e político. “Estava pensando em como o lugar geopolítico em que estamos é muito semelhante ao que estava acontecendo na década de 1780: tumultos no Chile, Brexit, Gillet Jaune na França, Hong Kong em protesto constante… A democracia do meu país se esvai”, disse Scott.

 

Max Mara

Com inspiração no oceano, Max Mara retratou a mulher que “se entretém fantasiando fugir para o mar”. Além do azul marinho em referência às águas, os tons terrosos, típicos da marca, apareceram em meio a tons de cinza e branco.

O ponto alto da coleção são os casacos: sobretudos, capas, jaquetas e blazers são opções. Entre os materiais usados, estão nylon, cashmere, veludo e tecidos felpudos.

Modelagens amplas contrastam com a delicadeza dos cortes. Babados e franzidos aparecem nos ombros. Para completar, em alguns visuais, cordas acinturam os itens.

 

 

 

 

 

A coleção é pensada para mulheres aventureiras e cheias de personalidade. “Em seus sonhos, ela é a capitã do seu próprio navio, domina as ondas e coleta sua fortuna. Em direção ao Norte, de Marrocos a Murmansk, ela imagina majestosas paisagens marinhas de inverno. Embora esteja traçando seu curso com as características de atitude da Max Mara, ela percebe um impulso surpreendentemente romântico dentro dela”, explicou a marca, em comunicado oficial.

O Milão Fashion Week segue até o dia 24 deste mês. O calendário oficial incluiu marcas como Gucci, Roberto Cavalli, Iceberg, Tod’s, Versace e Missoni.

 

Colaborou Rebeca Ligabue