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Inclusão de governadores gera mais um embate na cúpula da CPI

Relator atendeu a apedido de Eduardo Braga e incluiu governador do Amazonas como indiciado, mas decisão contrariou Randolfe e Omar Aziz

atualizado 26/10/2021 11:55

empresário Otávio Oscar Fakhoury Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia (CPIPANDEMIA) realiza oitiva de empresário apontado como financiador de disseminação de notícias falsas 4 Leopoldo Silva/Agência Senado

O pedido de indiciamento do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), causou nova divisão na cúpula da CPI da Covid-19 no Senado.

Após acordo com o senador Eduardo Braga (MDB-AM), o relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), decidiu nesta terça-feira (26/10) incluir o líder do Executivo amazonense no rol de indiciados.

A decisão de Renan, porém, contrariou o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), e o vice-presidente, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

“Tem divergência”, admitiu Aziz à coluna. “Não tem acordo para votar o relatório, tem fatos. Não é justo indiciar só um governador e não indiciar outros”, completou.

Já Randolfe acredita que uma inclusão de Lima poderá judicializar o relatório, assim o pedido de indiciamento de outros governadores.

Até antes do início da votação do relatório final, Renan mantinha o pedido de indiciamento. Com isso, o emedebista conseguiu evitar que Braga apresentasse voto em separado, com a inclusão de Wilson Lima.

Em seu Twitter, o governador do Amazonas reclamou da postura de Braga. “Eduardo Braga está agindo de forma que os amazonenses já conhecem. À base de ameaça para incluir meu nome no relatório prometendo não votar caso não consiga o que quer. Ele quer incluir meu nome, mesmo sabendo que não fui sequer investigado pela CPI”, disse.

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