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Aras montou ofensiva para blindar Bolsonaro de impeachment, diz livro

Caso é contado no livro “O fim da Lava-Jato”, de autoria dos jornalistas Aguirre Talento e Bela Megale

atualizado

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Augusto Aras
1 de 1 Augusto Aras - Foto: Reprodução

O pedido de demissão do então ministro da Justiça Sergio Moro, em abril de 2020, deflagrou um movimento silencioso do procurador-geral da República, Augusto Aras.

Preocupado que as acusações do ministro demissionário gerassem uma movimentação pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro no Congresso, Aras ordenou uma ofensiva contra o personagem-chave em uma eventual tentativa de afastamento de Bolsonaro: o então presidente da Câmara Rodrigo Maia.

A estratégia foi articulada pela subprocuradora Lindôra Araújo, com o aval de Aras. Logo após a demissão de Moro, Lindôra ordenou à sua equipe o desarquivamento de um inquérito contra Maia e a busca de novas provas contra ele.

O caso é contado no livro “O fim da Lava-Jato“, de autoria dos jornalistas Aguirre Talento e Bela Megale. A publicação, já disponível nas livrarias e no formato digital, será lançada na próxima quarta-feira (29/6) em Brasília e no dia 5 de julho em São Paulo.

Narram os autores: “Após analisar o assunto, Aras concordou com a reabertura do caso. A estratégia era de intimidação: teriam Maia na mira e poderiam desferir um golpe contra ele no momento mais conveniente caso o presidente da Câmara criasse problemas para Bolsonaro”.

Os autores do livro procuraram Aras e Lindôra, mas eles não quiseram se pronunciar.

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