As funcionárias do Núcleo de Humor da Globo que acusaram o humorista Marcius Melhem de assédio sexual contaram que o ambiente tóxico de trabalho criado por Melhem virou uma piada frequente entre elas.
“A gente zoava muito o Marcius por esses avanços em cima das regras de compliance”, relatou a roteirista Luciana Fregolente, que trabalhava com Melhem e era sua amiga desde a década de 1990.
Nesta sexta-feira (24/3), a coluna traz uma entrevista exclusiva com as mulheres que acusam Marcius Melhem de assédio sexual e moral. Pela primeira vez, um grupo de 11 pessoas, entre atores, roteiristas e diretores, todos integrantes atuais ou do passado da área de humor da TV Globo, contaram, pela primeira vez, como era tóxico o ambiente profissional liderado pelo humorista.

Dani Calabresa, atrizLeonardo Hladczuk/Metrópoles

Maria Clara Gueiros, atriz, e Marcelo Adnet, atorLeonardo Hladczuk/Metrópoles

Georgiana Goes, atrizLeonardo Hladczuk/Metrópoles

Veronica Debom, atriz, e Eduardo Sterblitch, atorLeonardo Hladczuk/Metrópoles

Cininha de Paula, diretora de televisãoLeonardo Hladczuk/Metrópoles

Mauro Farias, diretor de televisãoLeonardo Hladczuk/Metrópoles

Luciana Fregolente, roteirista Leonardo Hladczuk/Metrópoles

Carolina Warchavsky, roteirista Leonardo Hladczuk/Metrópoles

Renata Ricci, atrizLeonardo Hladczuk/Metrópoles
Fregolente contou que era comum na redação dos programas de humor alguém pegar o Código de Ética do Grupo Globo, atirar em Melhem e dizer em tom de brincadeira: “Vê se aprende”, em referência ao comportamento abusivo dele.
Fregolente explica também o episódio da jacuzzi, em que tirou sarro da falta de “compliance” do Grupo Globo. A roteirista disse que foi uma “piada imbecil”, que não deveria ter feito, mas que fazia referência a um clima de assédio que era naturalizado por eles.
Veja abaixo o vídeo desse momento da entrevista e, aqui, o episódio completo.
(Colaboraram Bruna Lima, Edoardo Ghirotto, Eduardo Barretto e Natália Portinari)