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A armadilha do exame anti-mulleriano e as alegrias que a vida nos dá

Teste pode mascarar resultados e atrapalhar seus planos de ser mãe: confie na natureza e em bons profissionais

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1 de 1 WhatsApp Image 2018-12-20 at 20.31.33 - Foto: geenssarchenti/reprodução

Hoje senti vontade de compartilhar a minha história para que as mulheres que estejam passando pela mesma agonia possam se tranquilizar. Há uns meses, bateu à minha porta a vontade de ser mãe. Considerando minha idade, 32 anos, comecei a querer fazer um planejamento para, quem sabe, começar a tentar engravidar em um ou dois anos. Estava portanto, sem pressa.

Comecei a seguir um médico no Instagram, especialista em reprodução humana, um obstetra muito respeitado em São Paulo. Por meio dele, e por outros meios, conheci um exame de sangue que mostraria como estaria minha reserva ovariana. Pensei comigo: sou saudável, sempre regulada, nunca tomei pílula, tenho uma boa alimentação, deve estar tudo bem. Farei esse teste para ver minha situação e ficar tranquila até que o momento chegasse, mais para frente.

Resolvi fazer o exame e, para minha surpresa e desespero, o resultado foi catastrófico. Eu estava praticamente na menopausa aos 32. Entrei em pânico e pensava que teria que adiantar os planos para ontem, se não houvesse mais nenhum problema a considerar, já que, com um resultado desses, era de se esperar muito mais.

Quanto mais eu ia atrás desse problema, seja no Google seja  no Instagram, mais eu me desesperava e acreditava ser infértil. Impressionante como a mente funciona para nos sabotar.

Resolvi marcar, com urgência, uma consulta com um ginecologista obstetra que trabalha na linha que gosto, integrando corpo, mente e espírita, além de ser um mestre e professor em sua área.

A consulta com ele estava em lista de espera, com probabilidade de eu ser atendida só em 2019. Quanto mais esperava, mais fantasmas apareciam para me amedrontar. Nesse meio tempo, marquei uma consulta com um médico que segue a mesma linha do dr. Ferrarezi, mas com outra especialidade, dessa vez em Brasilia.

Ele analisou os meus exames e me disse que, antes de qualquer coisa, teria primeiro que ajustar meus hormônios que estavam – os mais importantes para fertilidade – baixos. Imediatamente comecei a tomar a medicação necessária, até que o dr. Ferrarezi pudesse me atender e analisar minhas funções reprodutivas.

Um mês depois, quando finalmente consegui um horário com ele, já estava grávida. Na consulta, ele me explicou que um simples hormônio em taxas alteradas mascararia o resultado do exame anti-mulleriano.

Portanto, meu apelo aqui é para as tentantes não fazerem esse exame. Trata-se de um teste solicitado basicamente por clínicas de reprodução, que visam justamente engordar as cifras, pois sabemos, cada tratamento custa um olho da cara.

É um exame pouco solicitado por médicos realmente bons. Se por acaso for solicitado e der um resultado não esperado, não entre em pânico: vários fatores podem estar mascarando o resultado, como vitaminas e hormônios

Devemos tomar muito cuidado com a influência que recebemos das mídias sociais e confiar um pouco mais na natureza, tão sabia e abundante. Serviu como uma grande lição para mim, espero que para todos vocês.

Para quem se interessar, o dr. Daniel Sarkis atende em Brasília na Clinic Sahi e o dr. Claudio Ferrarezi em São Paulo, em consultório próprio.

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