Peritos federais se mostram contrários à reforma da Previdência
Segundo a Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais, a aprovação do texto pode resultar em um enfraquecimento da carreira
atualizado
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Em meio a polêmicas sobre a reforma da Previdência, a Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF) publicou nota contra a aprovação do texto pelo Congresso Nacional. De acordo com os peritos, a reforma pode prejudicar a carreira por desconsiderar as “particularidades e peculiaridades dos profissionais da segurança pública”.
Segundo Marcos Camargo, presidente da entidade, a aprovação da reforma pode acarretar na perda de eficiência da categoria. “Se aprovada do jeito que está, sem considerar a atividade de risco dos profissionais de segurança pública, a reforma prejudicará as polícias brasileiras, causando o envelhecimento e a perda da eficiência da categoria”, concluiu.
A APCF faz parte da União dos Policiais do Brasil (UPB), que tem articulado com parlamentares para que o texto seja vetado. Em fevereiro deste ano, a Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF), entidade integrante da UPB, entregou uma cartilha a membros do Congresso Nacional com dados que mostram a necessidade de um regime exclusivo aos policiais estaduais e federais.
Policiais civis X policiais militares
A proposta de Previdência apresentada pelo governo aos militares prevê a integralidade e paridade dos benefícios. Assim, os militares inativos receberão da mesma forma que os militares na ativa, o tempo mínimo de serviço passa a ser de 35 anos e a idade mínima para aposentadoria será de 50 anos.
Para os civis, a idade mínima de aposentadoria passa a ser de 55 anos, mesma exigência da versão da reforma do ex-presidente Michel Temer (MDB). Ao contrário dos militares, o tempo mínimo de serviço para os policiais estaduais e federais será de 25 anos para mulheres e 30 para homens, com transição de 12 anos.