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R$ 650 mil: suspeitos de golpes em idosos são alvo de operação em GO

Segundo a Polícia Civil, foram cumpridos 31 mandados de busca e apreensão; investigados são suspeitos de praticar o golpe do “novo número”

atualizado

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Divulgação/PCGO
goias golpe novo numero
1 de 1 goias golpe novo numero - Foto: Divulgação/PCGO

Goiânia – Na manhã desta terça-feira (31/8), a Polícia Civil de Goiás cumpriu, na capital goiana, 31 mandados de prisão e busca e apreensão contra suspeitos de praticar o chamado golpe do novo número, no qual se passam por familiares das vítimas para pedir dinheiro.

De acordo com a corporação, os investigados teriam feito vítimas em São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Goiás, causando prejuízo estimado de R$ 650 mil a idosos que pensavam estar transferindo recursos para parentes.

Ao portal G1, o delegado Olemar Santiago, responsável pela operação, contou que até o momento foram identificadas três vítimas: uma em Goiás, uma em São Paulo e outra no Rio de Janeiro. Segundo a apuração, os criminosos de Goiânia se passavam pelos filhos das pessoas para pedir dinheiro.

“A polícia pediu o sequestro dos bens dos investigados para dar ao menos um alento, mesmo que seja só uma fração do prejuízo dessas vítimas. Acreditamos que ao menos R$ 100 mil a gente consegue ressarcir”, destacou o investigador.

Segundo Santiago, o grupo aplicava os golpes e se unia a comerciantes da capital goiana para fazer compras falsas e lavar o dinheiro que conseguiam por meio do estelionato.

“Para pulverizar o dinheiro, eles recebiam uma porcentagem do valor que passava pela conta. […] Também não descartamos a possibilidade de uso de notas frias, porque foram apreendidos vários aparelhos celulares, máquinas de cartão de crédito e, na casa de um dos comerciantes, mais de R$ 40 mil em dinheiro”, completou ele.

De acordo com a polícia, o objetivo da operação foi atingir o segundo escalão do esquema, supostamente responsável por utilizar estabelecimentos comerciais para lavagem de dinheiro obtido por meio dos golpes. Os suspeitos são investigados há 6 meses. Os envolvidos podem responder por estelionato mediante fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

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Nos 25 endereços onde os mandados foram cumpridos, foram apreendidos relógios de luxo, documentos, 12 celulares de última geração, 15 relógios digitais, três notebooks, 39 máquinas de cartão, dinheiro e uma pistola. Seis pessoas acabaram presas.

Ainda conforme a corporação, só em 2021, mais de 100 pessoas foram indiciadas pelo Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes em razão de golpes variados e 80 foram presas.

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