Santos Cruz defende Exército e democracia após atos pró-AI-5
Segundo o general reformado e ex-ministro do governo Bolsonaro, forças armadas não participam de “disputas de rotina”
atualizado
Compartilhar notícia
O ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência, general Santos Cruz, defendeu nesta segunda-feira (20/04) o Exército como instituição democrática.
O comentário foi publicado em rede social, menos de um dia após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se juntar a manifestantes que pediam, dentre outras coisas, intervenção militar e a reedição do Ato Institucional 5 (AI-5).
“O Exército é instituição do Estado. Não participa das disputas de rotina. Democracia se faz com disputas civilizadas, equilíbrio de Poderes e aperfeiçoamento das instituições. O EB tem prestígio porque é exemplar, honrado e um dos pilares da democracia”, escreveu.
A seguir, veja o comentário original publicado no perfil do general Santos Cruz:
O Exército é instituição do Estado. Não participa das disputas de rotina. Democracia se faz com disputas civilizadas, equilíbrio de Poderes e aperfeiçoamento das instituições. O EB (@exercitooficial) tem prestígio porque é exemplar, honrado e um dos pilares da democracia.
— General Santos Cruz (@GenSantosCruz) April 20, 2020
Presidente nega
Bolsonaro negou nesta manhã, contudo, que a manifestação na qual ele participou no domingo (19/4) tivesse como pauta principal o pedido por uma intervenção militar e um novo AI-5.
“Pauta de ontem: povo na rua, dia do Exército e volta ao trabalho”, resumiu Bolsonaro sobre a manifestação.
Manifestantes, contudo, pediam o fechamento de instituições como o Supremo Tribunal Federal (STF). Além disso, várias faixas pediam intervenção militar e um novo AI-5. O próprio presidente, em discurso, disse que “não ia negociar” questões do governo com o Parlamento. O ato também pediu o fechamento do Congresso.
“O AI-5 o pessoal pede desde 1968”, comentou Bolsonaro, ao sair do Palácio do Alvorada.