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Planalto reconduz Nísia Trindade Lima para continuar à frente da Fiocruz

Com a recondução, gestão terminará em 2024. Nísia integrava a lista tríplice da fundação. Candidato bolsonarista recebeu só 8,1% dos votos

atualizado

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Foto: Marcos Corrêa/PR
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O governo federal reconduziu a atual presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade Lima, para ficar no comando da instituição por mais quatro anos. Com isso, ela presidirá a Fiocruz até 2024.

O ato, publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (11/1), é assinado pelo ministro da Casa Civil, Walter Braga Netto. Nesta manhã, Nísia se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ministro-chefe da Casa Civil. O encontro não estava previsto na agenda inicial do chefe do Executivo e foi adicionado após a publicação da portaria.

Em novembro do ano passado, Nísia foi eleita em primeiro lugar na lista tríplice pelo Conselho Deliberativo da Fiocruz. A lista foi entregue ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que, posteriormente, entregaria os nomes a Bolsonaro.

Nísia Trindade obteve 87% dos votos válidos. Em seguida, vieram Rivaldo Venâncio e Mário Moreira.

Tradicionalmente, o Palácio do Planalto respeita a escolha dos servidores e nomeia o mais votado. No entanto, Bolsonaro poderia vetar o nome de Nísia e escolher qualquer um dos outros dois nomes.

Tido por funcionários como o candidato do presidente Jair Bolsonaro, Florio Polonini recebeu apenas 8,1% dos votos, não alcançando o patamar mínimo de 30% para entrar na lista tríplice.

Em outubro, o jornal Valor Econômico revelou que parlamentares bolsonaristas saíram em defesa de Polonini para presidir a Fiocruz. De acordo com a publicação, o então candidato procurou deputados e aliados do presidente para se viabilizar politicamente.

A ideia era colocar alguém “conservador” e de “direita” no comando da instituição, que, segundo o então candidato, atualmente, é comandada por “esquerdistas” que não se alinharam às políticas do governo.

Vacina de Oxford

A recondução de Nísia Trindade Lima ocorre em um momento que o governo brasileiro trabalha para conseguir importar duas milhões de doses da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a AstraZeneca. As doses deverão ser importadas do laboratório indiano Serum.

Na última sexta (8/1), o presidente Jair Bolsonaro enviou uma carta para o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, pedindo ajuda para que seja antecipada a entrega do imunizante.

“Para possibilitar a imediata implementação do nosso Programa Nacional de Imunização, muito apreciaria poder contar com os bons ofícios de Vossa Excelência para antecipar o fornecimento ao Brasil, com a possível urgência e sem prejudicar o programa indiano de vacinação, de 2 milhões de doses do imunizante produzido pelo Serum Institute of India”, diz trecho do documento enviado por Bolsonaro.

No mesmo dia, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) solicitou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o uso emergencial do imunizante no Brasil. Segundo a Anvisa, o prazo para a análise do pedido de uso emergencial é de dez dias.

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