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Líder do governo se reúne com Bolsonaro: “Clima vai arrefecer”

De acordo com major Major Vitor Hugo (PSL-GO), durante a reunião, foram tratados temas como reforma da Previdência e articulação política

atualizado

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Facebook Major Vitor Hugo/Reprodução
Major Vitor Hugo
1 de 1 Major Vitor Hugo - Foto: Facebook Major Vitor Hugo/Reprodução

Após a troca de farpas entre Jair Bolsonaro (PSL) e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM/RJ), o chefe do Executivo nacional recebeu, neste domingo (24/3), a visita do líder do governo na Casa, Major Vitor Hugo (PSL-GO), no Palácio da Alvorada. O encontro não estava na agenda oficial de Bolsonaro.

Ao sair da residência oficial da Presidência da República, Vitor Hugo disse que conversou com Bolsonaro sobre a aprovação da reforma da Previdência e a tramitação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) na Comissão de Constituição, Cidadania e Justiça (CCJ).

“Tratamos sobre articulação política, sobre a próxima semana, como retomar aos trabalhos para a aprovação da nova Previdência, a questão dos votos na CCJ, o trabalho junto ao Felipe Francischini (presidente da CCJ) e ao Onyx (Lorenzoni, Casa Civil)”, disse.

No encontro, que durou menos de uma hora, o deputado afirmou não ter falado sobre um possível encontro entre Bolsonaro e Rodrigo Maia, mas disse que está trabalhando para a aproximação entre os poderes.

“Vamos caminhar para uma aproximação. O clima vai arrefecer”, ressaltou. Major Victor Hugo afirmou ainda que Bolsonaro está calmo. “O presidente nunca perdeu a tranquilidade”, declarou.

Atritos
Neste fim de semana, do Chile, onde fez uma visita oficial de três dias, Bolsonaro trocou alfinetadas com Maia. No centro da polêmica, a articulação política para a tramitação da reforma da Previdência.

Bolsonaro disse, por exemplo, que alguns deputados ainda estão apegados ao que chama de “velha política“. Parlamentar veterano, Maia afirmou, por sua vez, que quer construir a “nova política”, pois foi reeleito e tem mais um mandato na Casa.

Ao deixar o Palácio de La Moneda, em Santiago, onde recebeu homenagem do presidente do Chile, Sebastián Piñera, Bolsonaro disse ainda que já cumpriu o seu papel ao enviar a proposta de reforma da previdência ao Congresso.

“A bola está com ele (Rodrigo Maia), não está comigo. Eu já fiz a minha parte, entreguei, e o compromisso dele, regimental, é despachar e o projeto andar dentro da Câmara”, disse o presidente, atribuindo as dificuldades de articulação ao presidente do Legislativo. Bolsonaro disse também que não vai entrar em “campo de batalha” que não é o seu, referindo-se ao Congresso.

De outro lado, Maia disse que Bolsonaro usa um “tom agressivo” contra ele. Após se reunir em São Paulo com o governador João Doria (PSDB), o presidente da Câmara afirmou não utiliza suas contas nas redes sociais para atacar ninguém: “Uso para informar os eleitores”, completou.

Com informações de O Estado de São Paulo

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