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Presidente de comissão corta Guedes: “Só questões previdenciárias”

Ministro comparou crescimento do Brasil ao da Venezuela. Oposição protestou e Marcelo Ramos pediu para debate se restringir à Previdência

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
paulo guedes na comissão especial da previdência
1 de 1 paulo guedes na comissão especial da previdência - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O presidente da comissão especial da reforma da Previdência, Marcelo Ramos (PR-AM), precisou intervir na fala do ministro Paulo Guedes e pediu que o titular da Economia tratasse apenas das questões previdenciárias durante a audiência pública desta quarta-feira (08/05/2019).

A recomendação ocorreu depois que o economista fez um comparativo de crescimento entre o Brasil e a Venezuela, o que causou reação na oposição. “Vou pedir ao ministro para tratar das questões previdenciárias. E queria fazer a mesma recomendação ao conjunto de deputados e deputadas”, disse Ramos.

O deputado, que intercalou as falas de parlamentares a favor e contrários ao projeto de reformulação previdenciária, afirmou que o “enfrentamento político” deve ocorrer entre os congressistas. “É uma maneira normal e democrática”, pontuou.

Segundo o presidente da comissão, “quanto mais o ministro tratar da Previdência, mais vai ajudar a esclarecer o país sobre isso”. Ramos foi aplaudido pelos membros do colegiado e Guedes concordou com o pedido do deputado.

Único embate
Esse foi o primeiro embate entre o economista e os parlamentares nesta tarde. O clima da comissão especial era de atenção dos membros, tanto para as explicações do ministro da Economia quanto para as pontuações do secretário especial de Previdência Social, Rogério Marinho, que participa da audiência.

Mas, assim como na última visita de Guedes ao Congresso, declarações contrárias à Venezuela mexem com os ânimos do colegiado, sobretudo da oposição. Questionado sobre o crescimento do país, o economista afirmou que o Brasil está “no caminho da prosperidade e não da Venezuela”.

“A trajetória de crescimento tem sido de 1%. Estamos a caminho da prosperidade, e não da Venezuela”, disse. E completou: “Estou falando do ponto de vista econômico, não político”.

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