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Mãe de jovem morto em ataque de GO pede respeito à família

Em homenagem publicada nas redes sociais, mãe de João Pedro Calembo, 13 anos, pede que “não julguem” a sua família

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Michael Melo/Metrópoles
Tragedia Goyases – Goiania – Enterro de Joao Pedro
1 de 1 Tragedia Goyases – Goiania – Enterro de Joao Pedro - Foto: Michael Melo/Metrópoles

A mãe do adolescente João Pedro Calembo, de 13 anos, morto nesta sexta (20/10) após o ataque a tiros do Colégio Goyases, em Goiânia, fez uma homenagem ao filho em seu perfil nas redes sociais. Na postagem publicada na tarde deste sábado (21), após o sepultamento do adolescente, Bárbara Melo pediu respeito ao luto da família.

“Não julgue o nosso filho, a nossa família pelas notícias que você tem lido”, escreveu Bárbara. A mãe questionou ainda a versão de que seu filho teria sido morto após praticar bullying contra o colega de classe de 14 anos que realizou o ataque. “Nós e a escola sabemos que não foi assim. Somos pais presentes, disponíveis, empenhados na educação dos nossos 3 filhos”, afirmou.

 

A vida e suas reticências… não vou reclamar meu Papai do Céu… Apenas aceitarei seus propósitos. Não entendo, nunca vou entender. Não quero buscar explicações. O Senhor apenas me emprestou o João Pedro pelos melhores 13 anos da minha vida. Não julgue o nosso filho, a nossa família pelas notícias que vc tem lido. Nós é a escola sabemos que não foi assim. Somos pais presentes, disponíveis, empenhados na educação dos nossos 3 filhos. Respeitem nosso luto, somos humanos, falhos, gente que tenta acertar todos dias. Meu príncipe foi morar num lugar onde não há choro, tristeza ou dor. Nosso filho querido, amado, responsável por natureza…. Amamos vc eternamente! Estou despedaçada, mas o Senhor, no tempo dEle, me restaurará.

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O corpo de João Pedro Calembo foi enterrado por volta das 11h deste sábado (21) no Cemitério Parque Memorial, na GO-020, sob forte comoção de familiares e amigos. Enquanto o filho era sepultado, a mãe do jovem, emocionada, levantava as mãos para o céu e pedia ajuda divina. Músicas religiosas foram cantadas durante todo o cortejo.

Mais cedo, o pai do menino, Leonardo Calembo, afirmou a família perdoou o atirador. “Estou tentando tirar uma lição. Os presídios estão cheios de jovens que não tiveram educação suficiente e a presença de um pai em casa. Faltou conversa, faltou pai e mãe. Como ninguém percebeu que isso poderia acontecer? Essa situação é resultado de uma família desestruturada”, disse Leonardo antes de enterrar o filho.

Outro adolescente morto no ataque, João Vitor Gomes, 13, foi velado no Cemitério Jardim das Palmeiras. O enterro ocorreu por volta das 11h20. Nenhum familiar quis dar declarações sobre o ocorrido. Os donos da escola estiveram presentes nos dois sepultamentos, mas não falaram com a imprensa e ainda não se posicionaram oficialmente sobre a tragédia.

A tragédia
A perícia da Polícia Civil de Goiás revelou, após seis horas de apuração, que o estudante usou uma pistola .40, de propriedade da mãe, que é da Polícia Militar. Segundo os agentes, o jovem estava na classe desde o início da manhã de sexta (20) e atirou contra os colegas por volta das 11h50, ao término de uma aula.

O adolescente foi apreendido 20 minutos depois e encaminhado para a Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depae). De acordo com a PM, colegas de turma apontam que ele sofria bullying pelo mau cheiro. Um deles teria levado um desodorante para o colégio no dia da tragédia com o objetivo de provocar o agressor.

O socorro foi chamado por uma professora por volta das 12h. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) confirmou as duas mortes: João Pedro Calembo, 14 anos; e João Vitor Gomes, 13. Segundo os bombeiros, os feridos são: Isadora de Morais, Marcela Rocha Macêdo, Lara Fleury Borges e Hyago Marques. Três deles, em estado grave, foram transportados de helicóptero para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) e receberam atendimento.

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