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Dólar encosta em R$ 4,20 e BC faz leilão extra da moeda

Depois de três pregões consecutivos de queda, com os quais perdeu 4,72%, o Ibovespa teve um dia de recuperação, mas também de volatilidade

atualizado

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EBC
Notas de dólar
1 de 1 Notas de dólar - Foto: EBC

O mercado de câmbio teve uma sessão agitada nesta terça-feira, dia em que o dólar encostou em R$ 4,20 e levou o Banco Central a fazer uma oferta surpresa da moeda norte-americana no mercado à vista, de valor não revelado. Apesar da operação para um leilão extra, que sinalizou para os participantes do mercado que o BC está desconfortável com a moeda dos EUA cacima de R$ 4,12, o dólar fechou em alta pelo quarto dia consecutivo, em R$ 4,1575 (+0,43%).

No mês, o dólar já acumula alta de quase 9% e só perde para o desempenho da moeda americana na Argentina, que disparou 28% em agosto.

O dólar já começou a sessão desta terça-feira (27/08/2019) em alta, com o real acompanhando a piora das moedas emergentes no mercado internacional, em meio a renovadas preocupações com a economia mundial, após nova inversão da curva de rendimentos dos Treasuries. A inversão estimulou a busca por ativos seguros, como o ouro, o iene e, nos emergentes, o dólar.

No mercado doméstico, pressão do noticiário político, com as repercussões ainda negativas das queimadas na Amazônia, as declarações polêmicas de Jair Bolsonaro e o temor de atrasos na agenda de reforma já vinham deixando os investidores mais prudentes – e seguiram nesta terça.

Ibovespa
Depois de três pregões consecutivos de queda, com os quais perdeu 4,72%, o Índice Bovespa teve uma sessão de recuperação, mas também de volatilidade, nesta terça-feira. O índice terminou o dia com ganho de 0,88%, aos 97.276,19 pontos, depois de ter alternado altas e baixas, oscilando em um intervalo extenso, de 2.096 pontos. Os negócios somaram R$ 20 bilhões.

As preocupações com o ritmo da economia global continuaram no radar em todo o mundo e teve como destaque a nova inversão das taxas de rendimento dos títulos do Tesouro americano, num possível indicativo de recessão futura nos Estados Unidos.

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