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Defesa Agropecuária investiga morte de 750 mil abelhas em São Paulo

A suspeita é de que elas tenham morrido após um avião passar soltando produtos químicos em plantação ao redor do apiário

atualizado

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Antônio Anderson de Matos Magalhães/Arquivo Pessoal
Morte de abelhas
1 de 1 Morte de abelhas - Foto: Antônio Anderson de Matos Magalhães/Arquivo Pessoal

A Defesa Agropecuária de São Paulo, da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, apura a morte de pelo menos 750 mil abelhas em uma área de criação na zona rural de Jardinópolis (SP), no último domingo (3/1). A suspeita é de que elas tenham morrido após um avião passar soltando produtos químicos em uma plantação de cana-de-açúcar ao redor do apiário.

Em nota, o órgão informou que foi solicitado os planos de voos e relatórios operacionais à empresa que realizou a pulverização, “para confrontar as condições ambientais no momento do voo e as condições recomendadas para a aplicação” do produto.

O gerente da Companhia Ambiental do Estado de SP (Catesb), Otávio Okano, afirmou que o órgão também investiga outros danos ambientais.

“Pode ser desde advertência até uma multa. O valor depende dos agravantes que possam ter. Não deve ter morrido só abelha. Deve ter sido atingido área de preservação permanente e pode ter causado dano ambiental. Primeiro tem que fazer uma vistoria. Só mais para frente dará para saber”, disse ao G1.

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Produção de mel

O apicultor Antonio Anderson Magalhães, que tem aproximadamente 1,5 milhão de abelhas produtoras de mel, destacou ter sido possível calcular a perda de 50% dos insetos, mas só no fim da semana conseguirá mensurar o tamanho real do prejuízo.

Segundo Magalhães, inicialmente ele estima perdas de R$ 12 mil somente com as caixas usadas para armazenamento das abelhas, já que o material será incinerado após ter sido atingido pelo produto químico.

“Boa parte já foi morta. Tem caixas que foram 100%, tem caixa que dá para perceber que foram 80%, pela movimentação que sobrou quando a gente abre. Tudo indica que, no decorrer da semana, vai perder o restante do enxame”, contou.

O apicultor ressalta que, para recuperar as abelhas que morreram, será necessário começar do zero. Uma das opções é pegar insetos de outros apiários que ele tem e trabalhar na multiplicação até chegar à mesma quantidade do enxame anterior. No entanto, o processo demanda tempo.

Coordenadora de Defesa Agropecuária de São Paulo

A Coordenadora de Defesa Agropecuária de São Paulo informou que um veterinário e um engenheiro agrônomo vão verificar se os sinais observados nas abelhas apresentam intoxicação ou outras doenças. Em seguida, elas serão levadas ao Laboratório de Ecologia dos Agroquímicos do Instituto Biológico.

O agrônomo, por sua vez, ficará responsável por fiscalizar o uso de agrotóxicos nas propriedades no entorno da área afetada para saber se a aplicação é feita de forma regular. O órgão afirmou que as empresas de pulverização devem estar cadastradas junto à Defesa Agropecuária.

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