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Covas é chamado de genocida em ato contra a volta às aulas presenciais

Trabalhadores da educação municipal de São Paulo realizaram evento nesta segunda (12/4), em frente à sede da prefeitura

atualizado

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Fábio Vieira/Metrópoles
Greve da educação municipal de São Paulo
1 de 1 Greve da educação municipal de São Paulo - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

São Paulo – Profissionais da educação municipal de São Paulo realizaram, na tarde desta segunda-feira (12/4), protesto contra a volta das aulas presenciais na capital paulista.

Eles estenderam uma enorme faixa no Viaduto do Chá, no centro, com os dizeres “Covas genocida”, em alusão ao prefeito do PSDB. O ato aconteceu em frente à sede da Prefeitura de São Paulo.

Os manifestantes denunciam a gestão Bruno Covas de permitir o retorno das atividades em meio a um ambiente de insegurança no agravamento da pandemia de Covid-19. Eles pedem vacinação e testagem em massa para todos os trabalhadores.

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Os funcionários do serviço municipal estão em greve há 62 dias.

Com o retorno de São Paulo à fase vermelha do Plano São Paulo, o prefeito Bruno Covas decretou a volta às aulas a partir da quarta-feira (14/4), com 35% da capacidade. Entre hoje e terça (13/3), as escolas municipais estarão abertas para orientação aos pais e organização para receber alunos.

Exigências

Além da vacina e do teste contra Covid-19, os participantes pediram máscaras PFF2/N95 e escudos faciais (face shields) para todos os profissionais. Outra demanda são mudanças estruturais para ventilação natural dentro das salas de aula, o que não acontece na prática, denunciam os protestantes.

De acordo com eles, a paralisação seria interrompida somente se esses pedidos fossem aceitos pela atual gestão.

Durante o ato, o prefeito Covas estava em reunião com o vereador Fabio Riva (PSDB), líder do governo na Câmara dos Vereadores. Segundo Riva, eles discutiram ações realizadas no enfrentamento da pandemia.

“Falamos sobre as vacinas, insumos e novos leitos nos hospitais que estão tratando pacientes com o vírus. Reforcei ao prefeito a importância da reabertura total do Hospital Sorocabana para atender a nossa região”, declarou.

Procurada pelo Metrópoles, a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SME), afirma que realizou mais de 10 encontros com entidades sindicais desde janeiro. “A pasta tem mantido diálogo constante com o setor, além de seguir orientações da Ciência e da Medicina na condução da pandemia da Covid-19”, diz, em nota (veja a íntegra abaixo).

Campanha de vacinação

No último sábado (10/4), o estado e a capital iniciaram a campanha de vacinação para profissionais da educação a partir de 47 anos. Dessa maneira, estão incluídos os seguintes trabalhadores:

  • Secretários;
  • Auxiliares de serviços gerais;
  • Faxineiros;
  • Mediadores;
  • Merendeiros;
  • Monitores;
  • Diretores;
  • Vice-diretores;
  • Professores da educação básica;
  • Professores coordenadores pedagógicos; e
  • Professores temporários.
Confira abaixo a íntegra da Prefeitura de São Paulo

A Prefeitura de São Paulo, através da Secretaria Municipal de Educação (SME), esclarece que realizou desde janeiro, mais de 10 encontros com entidades sindicais. A pasta tem mantido diálogo constante com o setor, além de seguir orientações da Ciência e da Medicina na condução da pandemia da covid-19.

O retorno das aulas presenciais tem o aval das autoridades de Saúde e segue todos os protocolos necessários, com atendimento presencial de até 35% nas unidades, seguindo o decreto de Nº 60.058 de 27 de janeiro de 2021. A retomada presencial é prioritária para o atendimento aos alunos filhos dos profissionais dos serviços essenciais: saúde, educação, assistência social, transporte público, segurança e serviço funerário. Os estudantes em situação de vulnerabilidade também serão atendidos dentro dos protocolos.

A pasta investiu R$ 274 milhões na reforma de 552 escolas e R$ 297 milhões através do Programa de Transferência de Recursos Financeiros (PTRF) para que as unidades da rede municipal realizassem o necessário para o retorno. Neste mês, mais R$ 28 milhões foram liberados para as escolas, através do programa.

Desde o ano passado, pensando no retorno presencial, foram adquiridos 760 mil kits de higiene (sabonete líquido, copo e nécessaire), 2,4 milhões de máscaras de tecido, 6,2 mil termômetros digitais e 75 mil protetores faciais que serão destinados a alunos e servidores, com investimento total de cerca de R$ 20 milhões. Caso necessário, novos itens poderão ser adquiridos.

Todas as unidades escolares contam com serviços de limpeza contratados. Além disso, desde o dia 1 de março, as “Mães Guardiãs” passaram a atuar no auxílio ao cumprimento dos protocolos sanitários e de distanciamento social nas unidades de ensino municipais. Elas receberão um benefício de R$ 1.155,00 mensais. O projeto foi desenvolvido em conjunto pelas secretarias municipais de Educação, Saúde e de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Trabalho de São Paulo.

De 5 a 9 de abril, profissionais da rede puderam realizar testes sorológicos nos CEUs de referência para suas escolas. A realização dos testes foi opcional, porém a Secretaria Municipal da Educação (SME) recomendou que todos os que atuam presencialmente profissionais comparecessem aos CEUs de referência para o procedimento. Dos 140 mil profissionais esperados para os procedimentos, 50.800 fizeram testes.

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