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Câmara técnica citada por Queiroga é favorável à vacinação infantil

No sábado, ministro da Saúde disse que tema requer análise aprofundada de técnicos, mas especialistas já se manifestaram a favor do tema

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Ministro Marcelo Queiroga fala suspensao da vacina da Pfizer para adolescentes em coletiva de imprensa no ministério da saúde 1
1 de 1 Ministro Marcelo Queiroga fala suspensao da vacina da Pfizer para adolescentes em coletiva de imprensa no ministério da saúde 1 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

A Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI), citada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, como responsável por analisar a vacinação contra a Covid-19 de crianças de 5 a 11 anos, já se manifestou a favor da imunização para o público infantil. O órgão foi criado em agosto deste ano para ajudar o governo a elaborar as políticas de vacinação contra a doença.

Durante reunião na última sexta-feira (17/12), os integrantes do órgão recomendaram, de forma unânime, a aplicação da vacina da Pfizer/BionTech em crianças.

Ao se manifestar de forma favorável, os técnicos do órgão argumentaram que 2.978 crianças de 5 a 11 anos foram diagnosticadas com Covid-19 em 2020, das quais 156 morreram.

Em 2021, até 6 de dezembro, as contaminações na faixa etária aumentaram para 3.185 ocorrências, sendo registradas 145 mortes.

Em nota pública divulgada nesse sábado (18/12), a CTAI ainda disse que países como Canadá, Estados Unidos, Israel e integrantes da União Europeia já aprovaram o uso da vacina da Pfizer para o público pediátrico.

O órgão afirmou que dados preliminares mostram “um risco substancialmente menor” de eventos adversos se comparado “com o risco previamente observado em adolescentes e adultos jovens após a vacinação”.

“Os benefícios são muito maiores do que os riscos, pilar central de avaliação de qualquer vacina incorporada pelos diversos programas de vacinação, seja no Brasil ou no mundo”, prossegue em trecho do documento.

Entenda

Na tarde de sábado, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga disse que o “tema sensível” requer “uma análise mais aprofundada”. “No caso de imunizantes, esta análise técnica é feita com o apoio da Câmara Técnica Assessora de Imunizações, chamada CTAI”, declarou.

Segundo o ministro, em 4 de janeiro, será realizada uma audiência pública, na sede do órgão do Executivo, para discutir o assunto. O ministério deve ter uma decisão final sobre a vacinação infantil em 5 de janeiro.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), liberou a aplicação da vacina da Pfizer contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos na última quinta-feira (16/12). A liberação foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).

No mesmo dia, durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que não interfere na agência reguladora, mas que pediu o nome de quem aprovou a vacinação do público infantil.

No dia seguinte, a Anvisa divulgou dura nota, na qual disse “repudiar e repelir com veemência qualquer ameaça explícita ou velada que venha constranger, intimidar ou comprometer o livre exercício das atividades regulatórias do órgão”.

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