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Câmara convida Augusto Heleno para explicar interferências na PF

Requerimento partiu do deputado Ivan Valente (PSol-SP) com base em denúncias sobre investigação contra Jair Renan, filho de Bolsonaro

atualizado

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Ministro Augusto Heleno, do GSI, de terno e gravata. Ao fundo o que parece ser uma tela azul | Metrópoles
1 de 1 Ministro Augusto Heleno, do GSI, de terno e gravata. Ao fundo o que parece ser uma tela azul | Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A Câmara dos Deputados aprovou convite para que o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, general Augusto Heleno, preste esclarecimentos sobre interferências do governo de Jair Bolsonaro (PL) na Polícia Federal (PF).

O convite é resultado do requerimento apresentado pelo deputado Ivan Valente (PSol/SP) à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, que requer esclarecimentos sobre a interferência da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) na investigação conduzida pela corporação que envolve Jair Renan Bolsonaro, filho do Presidente da República.

O requerimento se baseia em reportagem do jornal O Globo, de 30 de agosto, que indicou que a PF afirmou em um relatório que a Abin atrapalhou o andamento de uma investigação envolvendo Jair Renan, por meio da atuação de um espião.

“Um integrante do órgão, flagrado numa operação, admitiu em depoimento que recebeu a missão de levantar informações de um episódio relacionado a Jair Renan, sob apuração de um inquérito da PF”, aponta o deputado Ivan Valente.

O parlamentar responsável pelo pedido ressaltou a recorrência de casos de interferência na PF durante o governo de Jair Bolsonaro. “Não é a primeira vez que o Presidente da República interfere na PF para proteger familiares e aliados que estão sob investigação do órgão”, denuncia.

O texto aprovado pelos parlamentares cita a atuação da Abin também para influenciar investigação envolvendo o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

“Admitir-se a manutenção dessa lógica significa permitir que o Presidente da República tenha sob seu comando uma verdadeira polícia política, cujas ações podem ser direcionadas para proteger seus aliados e perseguir seus adversários e desafetos, típico de regimes autoritários”, afirma.

Investigação

O filho do presidente Jair Bolsonaro e seu preparador físico Allan Lucena se tornaram alvos de uma investigação da PF por supostamente terem aberto as portas do governo para um empresário interessado em receber recursos públicos.

Outros convites

Além do ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle convidou o Ministro da Segurança e Justiça Pública, Anderson Gustavo Torres, para prestar esclarecimentos acerca das ações tomadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) que geraram abordagens a ônibus em 30 de outubro, dia do segundo turno das eleições.

A demanda aprovada pela comissão requer esclarecimentos sobre a grande concentração da ação na região nordeste, durante realização do segundo turno, e das medidas adotadas frente aos bloqueios e às paralisações de rodovias federais verificadas após resultado das eleições presidenciais”.

A lista de convites da comissão também inclui o ministro de Estado Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, e o ministro da Controladoria Geral da União, Wagner Rosário.

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