metropoles.com

Antigo dono da loja de chocolates de Flávio Bolsonaro diz ter sido ameaçado

Empresário disse que sócio do senador foi autor de mensagens ameaçadoras após ele denunciar um esquema de fraude em notas fiscais

atualizado

Compartilhar notícia

Michael Melo/Metrópoles
Flávio Bolsonaro
1 de 1 Flávio Bolsonaro - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O antigo dono da loja de chocolates que o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) possui no Rio de Janeiro disse, em depoimento, que já foi ameaçado pelo sócio do filho do presidente da República após denunciar um esquema de fraudes em notas fiscais. A informação foi revelada nesta quinta-feira (13/8) pelo Jornal Nacional.

Segundo a reportagem, o empresário Cristiano Correia Souza e Silva, ainda dono de outra loja da mesma franquia, a Kopenhagen, revelou ao Ministério Público do Rio que, no natal de 2016, soube que a loja de Flvio estaria vendendo produtos por preço abaixo da tabela. Panetones de R$ 100 eram vendidos por R$ 80, por exemplo, mas a nota saia com o preço cheio.

Ainda segundo o depoimento do empresário, ele e a mulher receberam ameaças por e-mail depois que a denúncia chegou ao grupo de conversas dos franqueados. Segundo ele, o sócio de Flávio, Alexandre Ferreira Dias Santini, chegou a enviar para a mulher dele ´fotos de pessoas sendo enforcadas.

Para o MP, Santini é, na verdade, um laranja de Flávio no negócio e a venda de doces abaixo do preço seria mais um indício de que a loja era usada para lavar dinheiro, acusação feita na investigação da suposta rachadinha dos salários de servidores comissionados do então deputado estadual.

A Kopenhagen confirmou ao Jornal Nacional que comprovou a denúncia e informou ainda que a loja de Flávio foi advertida e multada por causa da promoção.

0
Outro lado

O senador Flávio Bolsonaro não comentou as acusações e disse ao JN que os promotores do Rio buscam atacar a imagem pública dele e que espera que a Procuradoria-Geral de Justiça do Rio instaure procedimento para apurar a conduta dos promotores por violação de sigilo profissional num processo que deveria correr em segredo de Justiça.

Compartilhar notícia