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Sharapova ataca punição “injusta e dura” da ITF e avisa que recorrerá

A tenista afirmou que não teve a intenção de trapacear ao utilizar o Meldonium, substância que passou a ter o seu consumo proibido pela Agência Mundial Antidoping

atualizado

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Australia Open/Twitter/Reprodução
maria sharapova aberto australia 2016
1 de 1 maria sharapova aberto australia 2016 - Foto: Australia Open/Twitter/Reprodução

Suspensa nesta quarta-feira (8/6) por dois anos após testar positivo em exame antidoping realizado durante o Aberto da Austrália, Maria Sharapova manifestou a sua contrariedade com a decisão ao atacar a Federação Internacional (ITF, na sigla em inglês) por uma decisão classificada por ela como “injusta” e “dura” e avisou que vai recorrer à Corte Arbitral do Esporte (CAS).

Sharapova lembrou, em um comunicado, que o painel julgador da ITF reconheceu que ela não teve a intenção de trapacear ao utilizar o Meldonium, substância que passou a ter o seu consumo proibido pela Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) a partir de 1º de janeiro. Por isso, ela não concorda com a suspensão de dois anos imposta – a tenista corria o risco de pegar um gancho de até quatro anos.

“Como o tribunal tenha concluído corretamente que eu não violei intencionalmente as regras antidoping, não posso aceitar uma injusta e dura suspensão de dois anos. O tribunal, cujos membros foram selecionados pela ITF, concordou que eu não fiz nada de errado intencionalmente, mas me proíbe de jogar durante dois anos. Vou imediatamente recorrer da proporção da suspensão dessa decisão à CAS”, escreveu Sharapova em texto publicada no seu perfil no Facebook.

Suspensão maior
Além disso, de acordo com a estrela russa, a ITF desejava que ela recebesse uma suspensão ainda maior, de quatro anos. “A ITF gastou enorme quantidade de tempo e recursos para tentar provar que eu intencionalmente violei as regras antidoping e o tribunal concluiu que não. Você precisa saber que a ITF pediu ao tribunal para me suspender durante quatro anos – o requerido para a suspensão por uma violação intencional – e o tribunal rejeitou a posição da ITF”, criticou.

Após declarar que “sente saudades” de jogar tênis, Sharapova agradeceu o apoio e a confiança dos seus fãs e avisou que não vai deixar de lutar para voltar às quadras o mais rápido possível. “Eu pretendo defender aquilo que acredito estar certo e é por isso que vou lutar para estar de volta à quadra de tênis com a maior brevidade possível”, afirmou.

Sharapova havia sido suspensa provisoriamente pela ITF no início de março, quando a própria russa anunciou em uma entrevista coletiva, realizada em Los Angeles, que havia dado positivo em exame antidoping em janeiro.

Desconhecimento
Naquela oportunidade, Sharapova havia declarado que não havia tomado conhecimento da decisão da Wada de proibir o consumo do Meldonium, além de ter revelado que a consumia desde 2006. O advogado de Sharapova, John Haggerty, declarou que a russa utilizou a substância depois da data de proibição.

Além de testar positivo no Aberto da Austrália, Sharapova também falhou em um exame realizado fora de competições, em Moscou, em 2 de fevereiro, mais uma vez para Meldonium, disse a ITF. E se a punição não for revertida, Sharapova só poderá voltar às quadras em 2018 e também está fora dos Jogos Olímpicos do Rio.

Assim, a suspensão lança dúvidas sobre o futuro nas quadras de Sharapova, de 29 anos. A russa já liderou o ranking da WTA e também é uma das dez únicas tenistas a ter um Grand Slam de carreira. Ela teve um início impressionante no tênis profissional sendo campeã de Wimbledon em 2004, aos 17 anos, número 1 do mundo aos 18, venceu o US Open aos 19, e levou o Aberto da Austrália aos 20. Depois, sofreu com várias lesões, mas resgatou a sua carreira tendo sido campeã em Roland Garros em 2008 e 2012.

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