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Sharapova pega 2 anos de suspensão por doping e fica fora da Olimpíada

A tenista russa ainda pode recorrer da pena imposta pela ITF à Corte Arbitral do Esporte

atualizado

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Divulgação
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1 de 1 sharapova - Foto: Divulgação

Um dos maiores nomes do tênis na atualidade, Maria Sharapova só poderá voltar às quadras em 2018. Nesta quarta-feira (8/6), a Federação Internacional de Tênis (ITF, na sigla em inglês) anunciou a suspensão da estrela russa por dois anos após ela ter testado positivo para a substância Meldonium em exame antidoping realizado em janeiro, durante o Aberto da Austrália.

Sharapova só tem uma possibilidade de tentar reduzir ou mesmo anular a punição que também a deixará de fora dos Jogos Olímpicos do Rio – a sua vaga na equipe russa deverá ser ocupada por Daria Kasatkina, de 19 anos. A russa ainda pode recorrer da pena imposta pela ITF à Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês).

Dona de cinco títulos dos torneios do Grand Slam, Sharapova havia sido suspensa provisoriamente pela ITF no início de março, quando a própria russa anunciou em uma entrevista coletiva, realizada em Los Angeles, que havia dado positivo em exame antidoping em janeiro.

Mudança
Naquela oportunidade, Sharapova havia declarado que não havia tomado conhecimento da decisão da Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) de proibir o consumo do Meldonium, substância também conhecida como mildronato, a partir de 1º de janeiro.

Posteriormente, com a eclosão de vários casos de doping por Meldonium no esporte, a Wada explicou que poderia “anistiar” atletas em casos que não se conseguisse comprovar que a substância tenha sido utilizada antes de 2016. Porém, o próprio advogado de Sharapova, John Haggerty, declarou que a russa utilizou a substância depois da data de proibição.

Sharapova explicou que utilizou Meldonium, medicamento produzido na Letônia e geralmente indicado para uso contra doenças cardíacas, pela primeira vez em 2006. E a tenista russa corria o risco de ser suspensa por até quatro anos.

Intencionalidade
A decisão desta quarta-feira afirma que Sharapova não teve a intenção de enganar, mas que a russa cometeu uma “falta muito significativa” e possui “responsabilidade” pelo resultado positivo.

Além de testar positivo no Aberto da Austrália, Sharapova também falhou em um exame realizado fora de competições, em Moscou, em 2 de fevereiro, mais uma vez para Meldonium, disse a ITF.

A decisão da entidade sobre Sharapova vem na sequência da audiência de um painel formado por três membros. Os advogados que representaram a ITF apresentaram seus argumentos, enquanto Haggerty a defendeu. Ele disse que Sharapova também falou durante a audiência.

A suspensão lança dúvidas sobre o futuro nas quadras de Sharapova, de 29 anos, uma das mais conhecidas e mais bem pagas, com vários contratos de patrocínio, atletas do mundo.

Ranking
A russa já liderou o ranking da WTA e também é uma das dez únicas tenistas a ter um Grand Slam de carreira. Ela teve um início impressionante no tênis profissional sendo campeã de Wimbledon em 2004, aos 17 anos, número 1 do mundo aos 18, venceu o US Open aos 19, e levou o Aberto da Austrália aos 20. Depois, sofreu com várias lesões, mas resgatou a sua carreira tendo sido campeã em Roland Garros em 2008 e 2012.

Nas últimas semanas, nas redes sociais, Sharapova publicou fotos de treinamentos e dando indicações de que continuava com esperanças de que seria absolvida. Em uma das fotos, ela ainda usou uma camiseta em que dizia “back in 5 minutes” (De volta em 5 minutos, na tradução em português). Tratava-se de uma publicidade para um chocolate. Mas acabou ganhando um outro significado. Agora está afastada do tênis até 2018.

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