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Livro escrito pelo compositor das músicas de Björk chega ao Brasil

Em “Pela Boca da Baleia”, os islandês Sjón usa a mitologia nórdica como pano de fundo do romance

atualizado

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Sjon
1 de 1 Sjon - Foto: Divulgação

O islandês Sigurjón Birgir Sigurðsson ganhou fama mundial pela voz da cantora Björk. As músicas de “Biophilia”, um de seus discos mais famosos, foram compostas por Sjón – apelido artístico que o islandês utiliza –, bem como as canções do filme “Dançando no Escuro” (2000), de Lars Von Trier, postulante ao Oscar de melhor canção original (“I’ve Seen It All”).

Há um outro lado de Sjón que é menos conhecido pelo público, mas vem sendo aclamado pela crítica: o da escrita literária. O islandês lançou o livro “Pela Boca da Baleia” (ed. Planeta, R$ 39,90) em 2008 e, com a obra, angariou uma série de prêmios internacionais, como o Independent Foreign Fiction Prize (hoje chamado de Man Booker International Prize) e o Icelandic Literary Prize.

Porém, foi apenas neste mês que a obra traduzida para o português foi lançada no Brasil. Para comemorar a chegada de Sjón nas livrarias do país, o escritor foi convidado para compôr a programação oficial do Festival Literário Internacional de Paraty (Flip) deste ano.

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ReproduçãoHistória
A narrativa de “Pela Boca da Baleia” começa em 1635, ano em que a Islândia se via obscurecida pela combinação de superstição, pobreza e crueldade.

Nesse lugar, a curiosidade científica dos homens se confundia com a magia e o misticismo: enquanto alguns admiravam o chifre dos unicórnios, os mais pobres idolatravam a Virgem em segredo.

É nesse cenário, no qual livros e pessoas eram lançados à fogueira, que o velho curandeiro Jónas Pálmason recorda passagens dramáticas de sua vida, como a morte de três de seus filhos, o exorcismo de um cadáver ambulante e o doloroso fim de um grupo de baleeiros espanhóis.

Condenado ao exílio por heresia, após entrar em conflito com o magistrado local, o personagem tece um enredo repleto de elementos fantásticos da mitologia nórdica.

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