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Mãe de Jéssica Leite pega, na 17ª DP, mochila da filha

Acompanhada do irmão, Mônica Leite deixou a delegacia às 17h desta quinta-feira (16/6). Agentes têm mostrado fotos para as testemunhas na tentativa de identificar quem matou a jovem universitária

atualizado

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João Gabriel Amador/Metrópoles
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1 de 1 jéssica leite, taguatinga, Mônica leite - Foto: João Gabriel Amador/Metrópoles

A mãe de Jéssica Leite, 20 anos, e o tio da jovem deixaram, por volta das 17h desta quinta-feira (16/6), a 17ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Norte), que apura as circunstâncias da morte da universitária. Jéssica foi esfaqueada no peito e morreu na tarde de terça-feira (13), em uma praça perto da casa onde morava com a família.

Mônica Leite e o irmão estavam com a mochila de Jéssica — encontrada no local do crime —, na qual foram encontradas pequenas porções de maconha. A mãe da menina e o tio dela não quiseram falar com a imprensa, mas o delegado Flávio Messina confirmou que a bagagem era da universitária.

“A mochila era, de fato, da Jéssica. Foi devolvida, mas sem os pertences, que foram apreendidos”, disse o delegado Flávio Messina. Segundo ele, o depoimento da mãe não ajudou muito quanto à investigação da morte. No entanto, serviu para elucidar o fato de haver drogas na mochila. “Estivemos na casa da Jéssica no dia do crime em busca de drogas, mas não encontramos nada. Assim, a teoria de que ela traficasse é muito improvável. A mãe também disse desconhecer que a filha usasse drogas ou tivesse qualquer inimigo”, ressaltou.

Segundo uma das testemunhas ouvidas pela manhã, que falou com o Metrópoles na condição de não ter o nome revelado, a polícia tem mostrado fotos de possíveis suspeitos, em busca de identificar quem tirou a vida da estudante do curso de jornalismo da Universidade Católica de Brasília (UCB).

 

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O caso
Jéssica levou uma única e certeira facada no peito. O crime começou a ser investigado como latrocínio (roubo seguido de morte), já que o celular da jovem desapareceu. Porém, a possibilidade de ter sido um homicídio, praticado por um conhecido da universitária, ganhou fôlego, principalmente depois que drogas e uma balança de precisão foram encontradas dentro da mochila da vítima.

Também chamou a atenção da polícia o fato de Jéssica ter mudado a rotina no dia em que morreu, permanecendo cerca de 15 minutos em um Ponto de Encontro Comunitário (PEC) a 200 metros de sua casa, na EQNL 21/23.

Em entrevista na quarta (15), o delegado Flávio Messina fez questão de destacar que não se pode afirmar com certeza que o material (porções de maconha, microsselos de LSD, uma balança de precisão e um aparelho para triturar a droga) pertencia à jovem, uma vez que poderia ter sido plantado (colocado propositadamente) na bolsa. Ele lembrou ainda que o celular pode ter sido levado após o assassinato, uma vez que houve um grande aglomerado de pessoas ao redor do corpo.

Na noite de quarta, um casal chegou a ser detido pela Polícia Militar suspeito de ter assassinado a jovem. mas como o homem e a mulher não foram reconhecidos por testemunhas, acabaram liberados. Um facão encontrado com eles, entretanto, foi recolhido e enviado para perícia.

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