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Odebrecht: dinheiro vivo foi entregue em escritório de amigo de Temer

Em delação, ex-executivo da empreiteira revela que os recursos, que haviam sido prometidos por Marcelo Odebrecht, foram entregues em SP

atualizado

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Beto Barata/PR
Michel Temer
1 de 1 Michel Temer - Foto: Beto Barata/PR

Em delação premiada, um ex-executivo da Odebrecht relatou a entrega de dinheiro em espécie para um aliado do presidente da República, Michel Temer. De acordo com Cláudio Melo Filho, ex-vice-presidente de Relações Institucionais da empreiteira, durante a campanha de 2014, emissários da Odebrecht levaram recursos para o escritório de advocacia de José Yunes, amigo e conselheiro próximo de Temer, em São Paulo. As informações, do jornalista Severino Motta, foram publicadas no BuzzFeed nesta sexta-feira (9/12).

Yunes é amigo do presidente há mais de 40 anos e já se autointitulou “psicoterapeuta político” de Temer. Graças a essa proximidade, o advogado foi nomeado assessor especial da Presidência da República.

O dinheiro entregue, segundo o delator, faria parte dos R$ 10 milhões que o ex-presidente da empreiteira Marcelo Odebrecht havia destinado ao PMDB após acerto feito com Temer durante jantar em maio de 2014, no Palácio Jaburu. O atual ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, participou do encontro.

De acordo com Melo Filho, dos R$ 10 milhões prometidos, R$ 6 milhões teriam sido destinados à campanha do presidente da Federação de Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, que concorria ao governo de São Paulo pelo PMDB em 2014. Os outros R$ 4 milhões teriam ido para Padilha e seria usado em campanhas do PMDB nas últimas eleições majoritárias.

Jantar no Jaburu
Em agosto passado, a revista Veja revelou o jantar no Palácio do Jaburu do qual participaram Temer, Padilha e Marcelo Odebrecht. Na ocasião, a assessoria do então presidente interino confirmou o encontro e afirmou que ele e o empresário conversaram “sobre auxílio financeiro da construtora Odebrecht a campanhas eleitorais do PMDB, em absoluto acordo com a legislação eleitoral em vigor e conforme foi depois declarado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE)”.

Confira a reportagem completa aqui.

 

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