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BC indica que corte na taxa de juros deve ser “moderado” em outubro

Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a Selic de 9,25% para 8,25% ao ano, mantendo o ritmo que vinha aplicando

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Felipe Menezes/Metrópoles
Banco Central do Brasil
1 de 1 Banco Central do Brasil - Foto: Felipe Menezes/Metrópoles

O Banco Central voltou a indicar que “uma redução moderada na magnitude de flexibilização” da política monetária “parece adequada” na próxima reunião do Comitê de Política Monetária em outubro. A avaliação consta da ata divulgada pela autoridade monetária nesta terça-feira (12/9).

O documento cita ainda que os membros do Comitê concordaram que “há benefícios em promover encerramento gradual de ciclos monetários”.

No comunicado do encontro, divulgado na quarta-feira (6), o colegiado já havia defendido esta ideia. Na ocasião, o Copom reduziu a Selic de 9,25% para 8,25% ao ano, mantendo o ritmo que vinha aplicando.

Os membros do colegiado concordaram em “sinalizar de forma condicional que, caso a conjuntura evolua conforme o cenário básico do Copom, e em razão do estágio do ciclo de flexibilização, uma redução moderada na magnitude de flexibilização na próxima reunião parece adequada sob a perspectiva atual”. A próxima reunião do grupo ocorre em 24 e 25 de outubro.

“Avaliando as circunstâncias atuais, o Copom julgou conveniente sinalizar que, caso o cenário básico evolua conforme esperado no momento, o Comitê antevê encerramento gradual do atual ciclo de flexibilização monetária”, cita o documento.

O documento destaca que houve especial debate sobre “custos e benefícios de um encerramento gradual do ciclo”. “De forma geral, os membros do Comitê concordaram que, tudo o mais constante, há benefícios em se promover encerramento gradual de ciclos monetários”, acrescenta.

O BC reafirma ainda, na ata, que “a conjuntura econômica prescreve política monetária estimulativa, ou seja, com taxas de juros abaixo da taxa estrutural”.

“O processo de reformas, como as recentes aprovações de medidas na área creditícia, e de ajustes necessários na economia brasileira, contribui para a queda da sua taxa de juros estrutural. As estimativas dessa taxa serão continuamente reavaliadas pelo Comitê”, acrescentou o BC.

Preços
A ata indicou que a projeção para o IPCA de 2017 no cenário de mercado está em 3,3%. Já a projeção para 2018 é de 4,4%. Estes são os mesmos valores citados no comunicado que acompanhou a decisão do colegiado, na semana passada. Na ata anterior, de agosto, a projeção para 2017 era de 3,6% e para 2018 de 4,3%.

As projeções do cenário de mercado levam em conta taxas de juros e câmbio variáveis, apuradas pela pesquisa Focus do BC. Nos últimos meses, a instituição tem dado maior ênfase justamente às projeções do cenário de mercado.

Na visão do BC, o cenário de referência, que utiliza juros e câmbio fixos, teria perdido relevância porque o ciclo atual é de queda de juros. Na ata divulgada hoje, assim como nas anteriores, o BC não informou as projeções no cenário de referência.

No caso do cenário de mercado, as projeções indicam que o BC caminha para o cumprimento da meta de inflação projetada para este e o próximo ano. O centro da meta para cada um dos anos é de 4,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual (inflação entre 3,0% e 6,0%).

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