Juliana Contaifer
Seis motivos para não virar um "sommelier de vacinas"
Com o avanço da vacinação e a oferta de tipos diferentes de fórmulas, muita gente está tentando escolher qual imunizante contra a Covid-19 tomar
Alguns reclamam dos efeitos colaterais da fórmula da Oxford/AstraZeneca, outros da eficácia da Coronavac, e preferem as vacinas da Pfizer, multinacional conhecida pela população
Apesar disso, não é permitido escolher vacinas no Brasil. O governo de cada estado divide as doses nos postos de imunização, de acordo com prioridades
A indicação dos especialistas é que a população não espere fármacos específicos, nem deixe de tomar o imunizante, caso não encontre um posto aplicando a fórmula que deseja. Veja cinco motivos para não atrasar a aplicação da sua dose:
1.
A vacinação é uma questão de saúde pública, e constitui um pacto coletivo. O indivíduo imunizado não apenas se protege, como também evita a circulação do vírus e a infecção de pessoas que ainda não puderam ser vacinadas
Comparar eficácia não faz muito sentido. Isso porque, se a maioria da população for vacinada, o vírus circula menos e as pessoas imunizadas com fórmulas com menor eficácia também ficam protegidas
2.
Os efeitos colaterais das vacinas não devem ser motivo para preocupação. A maioria das pessoas apresenta apenas sintomas leves, que já estão previstos e passam rapidamente. Os casos mais sérios, como os coágulos, são raríssimos
3.
As fórmulas da Pfizer, da AstraZeneca e do Butantan já foram aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS), e são consideradas seguras e eficazes
4.
Outra razão para se vacinar o quanto antes é que, com a imunização em massa, diminuem as chances do surgimento de novas variantes mais letais, ou mais transmissíveis, que poderiam não ser afetadas pelos imunizantes
5.
A vacinação é a única maneira de controlar o coronavírus, diminuir a pressão no sistema de saúde, e permitir a volta à vida normal, sem máscara ou distanciamento
6.
Por isso, quando for sua vez, não deixe de se vacinar. Se já tomou a primeira dose, não perca o prazo da segunda aplicação, que é essencial para a sua proteção, e de toda a população
TEXTO:
Juliana Contaifer
IMAGENS:
Metrópoles, Pixabay e GettyImages