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Anita Bryant: a história não perdoa quem destila homofobia

Cantora fez sucesso nos anos 1960 e 1970 e depois usou fama para guerrear contra gays e lésbicas. Hoje, é figura esquecida no show business

atualizado

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Bettmann/Getty Images
Portrait of Anita Bryant
1 de 1 Portrait of Anita Bryant - Foto: Bettmann/Getty Images

Hoje peço licença para falar de Anita Bryant. Talvez você não saiba quem seja, mas se já assistiu alguma produção de temática LGBT, principalmente os humorísticos, provavelmente já ouviu seu nome.

Bryant é uma cantora americana de considerado sucesso nos anos 1960 e 70. Adepta de uma religião cristã extremamente conservadora, usou seu sucesso para barrar a aprovação de leis antidiscriminatórias a pessoas gays na Flórida. Ela organizou um grupo e declarou guerra aos direitos de gays e lésbicas, dizendo que assim estariam protegendo as crianças de serem contaminadas pela propaganda do seu estilo de vida.

O resultado da sua empreitada é que Bryant foi completamente enterrada pelo show business e ninguém mais hoje fala dela, apesar de ainda estar viva. Seu nome se tornou apenas referência de ácidas piadas em Will & Grace, por exemplo. Só depois de 2010 que os EUA declaram inconstitucionais as leis defendidas pelo grupo de Bryant. A casais gays foram permitidos adotarem crianças e terem seus casamentos reconhecidos.

Lembrando do texto da última coluna e dos fatos que aconteceram na semana, me veio à mente esta figura horrenda que merecia um retrato pintado por Francisco de Goya. E qualquer semelhança com as pessoas da notícia acima não são meras coincidências, assim como seus destinos também não serão diferentes.

Aliás, me perguntei várias vezes por que séries LGBTs insistiam em citar o nome de Anita Bryant. Não seria melhor apenas apagar que ela existiu e esquecer sua funesta e mal-sucedida campanha? NÃO! Ressignificar sua figura, transformando-a em motivo de riso – agora que ela já foi anulada –, é sempre reafirmar o que ela e seus companheiros são: figuras ridículas e infelizes.

E se você está terminando o texto com vontade de voar no pescoço dela, te ofereço bálsamo: o vídeo de um protestante gay dando uma tortada na cara de Bryant durante seu pronunciamento contra os direitos LGBT. Não digo que é algo recomendado, mas não dá para negar que dá um calorzinho no coração ver a imagem.

Crianças, não façam isso em casa (estou me referindo a criar grupos que apoiem a discriminação a LGBTs, tá?).

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