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20ª Parada do Orgulho LGBTS de Brasília será no domingo (25/6)

Mais do que uma grande festa, a parada é um importante evento político, onde muitos jovens ainda buscam representatividade

atualizado

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2017-06-19
1 de 1 2017-06-19 - Foto: iStock

No domingo (25/6), ocorrerá a 20ª Parada do Orgulho LGBTS de Brasília, em frente ao Congresso Nacional. O tema da marcha deste ano é “Estado laico, a separação entre o Estado e as visões religiosas.”

É triste olhar para algo que, tantas vezes, foi o suporte para muitas pessoas nos momentos mais difíceis de suas vidas, como a religião, sendo usado para justificar violências. Afinal, excluir e negar apoio a quem mais necessita é um ato de violência, tanto quanto empunhar a arma contra a travesti.

Pelo menos em Brasília a parada, este ano, não sofreu ameaça de não se realizar, porque a do Rio de Janeiro atualmente é uma incógnita. O prefeito Marcelo Crivella, usando de justificativa um reajuste fiscal, cortou a verba para eventos como a parada e o carnaval. O que faz levantar suspeitas se esse é o real motivo — ele também é bispo licenciado da Igreja Universal.

Em sua definição, o Estado democrático de direito não teria relação nenhuma com qualquer divindade, pois todo o poder emana do povo. Porém, no Brasil, essa separação nunca se deu completamente, nem mesmo na constituição de 1988, que logo no início faz uma referência às bênçãos de Deus.

 

Muitos LGBTs criticam o modelo da parada, com opiniões muitas vezes contundentes. Agora eu pergunto: e como seria se a parada não pudesse mais acontecer? Eu não me refiro às pessoas abandonando a parada, mas ela sendo inviabilizada pelo poder público. Será que isso despertaria nas pessoas que se recusam a ir no domingo um desejo de voltar a marchar pelos seus direitos?

Sou um defensor confesso da parada. Acho que ela ainda tem seu papel, principalmente quando encontro algum jovem que está marchando pela primeira vez. A alegria e excitação de estar vendo tantas pessoas juntas por uma causa ainda desperta orgulho em peitos juvenis.

E é por isso que ressalto aqui a importância também das outras paradas que acontecem no DF. Do Sudoeste, do Gama, de Samambaia, para citar só algumas.

Muitas vezes, quando querem se contrapor à Parada do Orgulho LGBT, comparam-na com a Marcha para Jesus. Neste ano, fizeram uma pesquisa durante a Marcha, composta quase exclusivamente de neopentecostais, e 77,1% dos entrevistados disseram que “as escolas deveriam ensinar a respeitar os gays” e uma maioria massiva disse não se identificar com políticos historicamente mais ligados aos evangélicos.

É com esses dados que a gente deve estar domingo no Eixo Monumental, a partir das 14h, munido de toda a viadagem, a sapatonice, o amor plural e todo o coração aberto e livre de preconceito.

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