Veja dicas de ilustradora para aprender a fazer composições em lettering
Seja para ter um novo hobby ou para buscar uma nova fonte de renda, o lettering pode ser um aprendizado sem grandes custos
atualizado
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Tendência na decoração, as ilustrações em lettering vêm ganhando espaços de todas as formas e tamanhos, desde quadrinhos com frases fofas para decorar o escritório até paredes inteiras de cafeterias com explicações sobre o menu e o serviço da casa. Este tipo de trabalho manual reúne curiosos em busca de um novo hobby – ou de uma fonte de renda alternativa.
“Acho que na quarentena aconteceram duas coisas: primeiro, as pessoas passaram a procurar hobbys diferentes, que exigem tempo e estudo. Além disso, tem quem viu no lettering uma possibilidade de renda extra. Isso tem acontecido com o bordado, por exemplo. Você começa fazendo uns quadrinhos, é algo personalizado que as pessoas estão procurando para comprar, aí recebe pedidos de amigos e consegue ter um dinheirinho a mais”, comenta Rebeca Cyrineu, ilustradora de lettering.
Antes de comprar canetas caríssimas e pagar por cursos online, ela recomenda procurar vídeos com aulas gratuitas no YouTube. “É algo muito versátil, você pode fazer um trabalho super barato ou comprar um iPad só para isso. São infinitas possibilidades. Acho que vale seguir perfis como o meu ou o da Karol Stefanini, que tem muitas dicas de como começar, o que fazer. Eu disponibilizei uma apostila que fiz ao lado de outros artistas, de graça para quem quiser, e recomendo começar por conteúdos gratuitos para ver se gosta, para investir sabendo que vai curtir esse hobby”, orienta a ilustradora.
Entre os conteúdos recomendados por Rebeca, a ilustradora Nicole Sindra disponibiliza dicas e ainda conta com um curso pago. A dupla Dani e Rafa, do Na Lousa, também oferecem um curso e, nas redes sociais, fazem maratonas de conteúdo para quem está aprendendo a desenhar os tipos. Por fim, vale acompanhar as redes do suíço Stefan Kunz, que posta vídeos com artes que podem ajudar o observador atento a absorver técnicas de desenho.
Com as orientações de Rebeca, o Metrópoles elaborou um kit básico para quem quer começar a fazer letterings em casa. Veja:
Canetas brush
“O lettering é uma técnica que pode ser feita com qualquer material. O brush lettering tem sido muito procurado, as pessoas amam porque gostam de ver fazer, é um movimento com as mãos em que as letras vão surgindo como se fosse mágica. É satisfatório de ver”, comenta Rebeca. Para começar, uma ou duas canetas brush podem ajudar tanto para elaborar os primeiros letterings, mas também para aprender técnicas de ilustração que servem para outros materiais como canetinha e giz. “A brush carrega a base para muitos letterings”, explica a ilustradora.
Jogo com 6 canetas brush, da Faber-Castell
Caneta nanquim
Este curinga é excelente para acertar detalhes na finalização do trabalho no papel. “Eu gosto da 0.8mm porque é versátil e a ponta dela dura mais tempo. Basta ter uma, não tem necessidade de comprar um estojo inteiro”, adverte Rebeca.
Caneta nanquim 0.8mm, da Staedtler
Marcador à base d’água
Para projetos maiores, como em paredes, o marcador à base d’água é o guia. “Ele serve para desenhar em qualquer lugar, em superfícies como parede, vidro, caixas. Vale lembrar que o marcador é permanente em superfícies porosas e lavável em superfícies lisas”, ensina a ilustradora.
Caneta marcador Posca, da Uniball
Papel
Para ir praticando no papel, vale comprar qualquer um mais grosso que o sulfite. “É bom prestar atenção na textura, porque o papel tem que ser liso. As pessoas costumam comprar o papel de aquarela, que é mais grosso, mas o problema é que as ranhuras espalham a tinta. Vale, é claro, se a pessoa for trabalhar o lettering na aquarela”, comenta Rebeca.
Papel A4 Diplomata, da Filipaper
Lápis e lapiseira
Os rascunhos do lettering devem ser feitos em lápis ou lapiseira. “Pode ser qualquer um, desde que seja um grafite bem macio. Eu recomendo testar alguns lápis e ver quais são mais fáceis de apagar”, explica a especialista.
Lapiseira Sharp 0.7mm, da Pentel
Borracha
Pode parecer inusitado, mas para Rebeca, um investimento importantíssimo nesse aprendizado é na borracha. “A pessoa vai errar bastante no começo e está tudo bem. Uma borracha boa que apaga direito, sem deixar marcas no papel, permite a liberdade de errar”, comenta.