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DF: preso acusado de matar mulher. Casal se relacionava pelo Facebook

Caso ocorrido em Taguatinga Norte foi inicialmente tratado como suicídio e, depois, evoluiu para feminicídio

atualizado

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Reprodução/Facebook
Idosa assassinada
1 de 1 Idosa assassinada - Foto: Reprodução/Facebook

A Polícia Civil do DF prendeu um homem acusado de ter matado uma mulher em Taguatinga Norte. Inicialmente conduzido como suicídio, o caso foi reclassificado para feminicídio – o 14º deste ano.

Rocemiro Penijaro Ferreira da Silva, 44 anos, é suspeito de assassinar a servidora pública aposentada da Secretaria de Educação Edileuza Gomes de Lima, 68, usando uma sacola plástica e um cabo USB. Ele está preso temporariamente, segundo a PCDF.

Em 29 de março deste ano, a mulher foi encontrada morta, em casa, no Bloco H da QNL 1. Vítima e agressor teriam um relacionamento virtual. Os motivos ainda não foram esclarecidos.

No dia da morte, a filha da vítima chegou em casa após cumprir a jornada de trabalho no Hospital de Base. Ela se deparou com a mãe de bruços, falecida sobre a cama, com a cabeça e o rosto cobertos por uma sacola plástica e um carregador de celular enrolado ao pescoço.

A filha começou a gritar por socorro, até que um vizinho chegou em seu auxílio. Uma equipe do Corpo de Bombeiros foi acionada, e os militares chegaram a submeter a vítima a procedimentos de reanimação, mas ela não respondeu, e o óbito foi constatado no local. Apesar da asfixia, não havia sinais de que a mulher tivesse sido agredida.

Mãe e filha moravam juntos na casa, em Taguatinga. A vítima passava os dias e as tardes sozinha, enquanto a jovem saía para trabalhar. O último contato entre as duas foi às 11h, na data do possível crime. Segundo o boletim de ocorrência, a morte teria ocorrido entre as 17h e as 19h30.

De acordo com o registro na 17ª Delegacia de Polícia, o celular, um molho de chaves e o controle remoto do portão eletrônico da aposentada não foram localizados. A mulher sofria de problemas no coração e fazia uso contínuo de medicamentos, incluindo antidepressivos. O nome e idade da vítima não foram revelados.

Neste 2019, o Metrópoles inicia um projeto editorial para dar visibilidade às tragédias provocadas pela violência de gênero. As histórias de todas as vítimas de feminicídio do Distrito Federal serão contadas em perfis escritos por profissionais do sexo feminino (jornalistas, fotógrafas, artistas gráficas e cinegrafistas), com o propósito de aproximar as pessoas da trajetória de vida dessas mulheres.

O Elas por Elas propõe manter em pauta, durante todo o ano, o tema da violência contra a mulher para alertar a população e as autoridades sobre as graves consequências da cultura do machismo que persiste no país.

Desde 1° de janeiro, um contador está em destaque na capa do portal para monitorar e ressaltar os casos de Maria da Penha registrados no DF. Mas nossa maior energia será despendida para humanizar as estatísticas frias, que dão uma dimensão da gravidade do problema, porém não alcançam o poder da empatia, o único capaz de interromper a indiferença diante dos pedidos de socorro de tantas brasileiras.

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