Comida em pó é aposta de celebridades para emagrecer
O tratamento, chamado oficialmente de Pronokal, foi criado na Espanha e funciona com produtos em pó que se transformam em refeições
atualizado
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O que o cantor Luciano, a modelo Sasha Meneghel e a atriz Cláudia Raia têm em comum? Os três tentaram (e conseguiram) seguir a dieta do pó, também conhecida dieta da Nasa.
Na primeira fase do tratamento, o paciente consome apenas os produtos da marca espanhola PronoKal. Como em um desenho dos Jetsons, o pó se mistura com água, vai à geladeira ou ao forno e a comida fica pronta. A ideia é restringir os carboidratos e apostar nas proteínas, apesar das quantidades serem controladas.
“O método tem três etapas: ativação, adaptação fisiológica e manutenção. A primeira baseia-se numa dieta baixa em carboidrato e em gordura, mas com a quantidade de proteína adequada, para que o paciente perca peso sem comprometer a massa muscular”, explica a nutróloga Helena Mahon.
Nesse momento, é preciso comprar os produtos PronoKal: são sucos, sopas, cremes, sobremesas doces, crepes, omeletes, bolos, mousses , torradas, biscoitos, iogurtes e até chocolate cremoso. Segundo a endocrinologista Michelle Reis, alguns alimentos vêm prontos, mas a maioria é em pó. Também é permitido comer alguns vegetais e legumes selecionados. Espera-se que 80% do peso excedente seja perdido nessa primeira fase.
Em seguida, são reintroduzidos alguns alimentos e o objetivo é interromper a cetose, estabilizar o sistema hormonal, o metabolismo basal e a secreção de insulina. “É nesta etapa que o paciente vai aprender a se alimentar corretamente e poderá experimentar mudanças em seus hábitos e estilo de vida”, conta Helena.
Por último, o paciente entra na etapa de manutenção, onde aprende a criar uma dieta equilibrada, respeitando quantidades e frequências. Essa fase do processo de emagrecimento tem duração de dois anos, para garantir que não aconteça o famoso “efeito sanfona”. É indicado também que o paciente pratique exercícios físicos para auxiliar na perda de peso.Helena explica que o emagrecimento ocorre devido à diminuição do consumo de carboidratos e à entrada do organismo no estado de cetose. “Em linhas gerais, nosso corpo queima preferencialmente carboidrato para produzir energia. Mas, como a dieta PronoKal é baixíssima em carboidrato, haverá uma adaptação do organismo, que passará a queimar basicamente gordura para produção de energia”, ensina a nutróloga. É comum que o paciente se sinta cansado e com dor de cabeça, mas os sintomas devem desaparecer rapidamente.
O tratamento não é barato: em média, cada refeição sai a R$18,40, incluindo os suplementos, e o custo diário é de R$109 na primeira fase. É preciso procurar um médico para receitar a dieta e não é qualquer pessoa que pode passar pelo processo.
Não podem fazer a dieta idosos com mais de 65 anos, crianças, adolescentes, gestantes, lactantes, pacientes com histórico de anorexia, bulimia e alcoolismo, quem tem doenças hepáticas, renais, cardiovasculares, jovens com diabetes tipo 1 e pessoas com câncer. Mas Michelle afirma que, para quem está dentro do grupo que pode participar da dieta, não é preciso se preocupar. “Com acompanhamento médico, a dieta é segura.”