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Desejo de consumo: impossível resistir aos acessórios made in Brasília

Uma nova geração de designers de acessórios da cidade esbanja criatividade. Peças de qualidade ganham mercado fora dos limites da capital

atualizado

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Novas Designers de Acessórios
1 de 1 Novas Designers de Acessórios - Foto: null

Não é novidade que o potencial de consumir moda de Brasília – não à toa a cidade tem algumas das maiores multimarcas do país instaladas em seu território – virou capacidade de produzir. Pelo menos no campo dos acessórios, a capital está bem representada. Joias e bijuterias finas planejadas e executadas na cidade já emprestam seu brilho a novelas, a famosos, a compradores de fora do país.

O mercado é eclético. Algumas das marcas nasceram ou embarcaram na onda das feiras de rua, conquistando seu público anel por anel, criando com a cidade uma identificação que vai além da sua certidão de nascimento. Outras, de DNA mais sofisticado, se fazem de forma mais privê, em ateliês montados em casa, de peças exclusivas: acessório com status de joia e joia para ser usada como acessório. O público e os estilos são diferentes. O resultado é sempre impecável.

O Metrópoles foi conhecer de perto o trabalho de quatro representantes dessa nova geração de designers da cidade que esbanjam criatividade. O acessório made in Brasília nunca foi tão cool.

Privier, de Priscila Vieira

Brasília(DF), 10/09/2015 - Novas Designers de Acessórios - Priscila Vieira Foto: Bruno Pimentel/Metrópoles
Até Juliana Paes e Mary Katrantzou aderiam aos acessórios da Privier, de Priscila Vieira. *Bruno Pimentel/Metrópoles**

 

A Privier é a marca de acessórios da joalheira Priscila Vieira, de 30 anos. E é o oposto da marca de joias da designer, que leva o seu nome. As joias, feitas sob encomenda, são delicadas. As bijuterias – todas feitas com metais banhados a ouro – são carregadas em informação de tendência de moda, grandes e aparecidas. A nova coleção, a ser lançada junto com o novo e-commerce da marca, em breve, é inspirada no Marrocos. Por isso os trançados em palha no metal dourado trabalhado. A mistura de cordas, tecidos e tramas são a cara da marca.

“A bijuteria é o trabalho inverso da joalheira. Para fazer as joias, estudo a cliente e crio a peça. No acessório, trabalho com o metal pronto, posso brincar mais”, compara. A Privier já caiu na graça de atrizes como Juliana Paes. “É minha cliente e amiga pessoal”, conta Priscila. A revista Vogue também já apontou o trabalho da designer como digno de entrar para a lista de compras. Até a estilista Mary Katrantzou já usou uma das peças de Priscila, feita sob encomenda. “Ela não tem a orelha furada, fiz um brinco de pressão para ela.”

Ficha técnica
Quem: Priscila Vieira
Produto: brincos e colares folhados a ouro, com pedras e trançados de tecidos e corda
Quanto: entre R$ 380 e R$ 450
Onde: por enquanto, a designer faz vendas particulares, mas o e-commerce da marca está em fase de finalização.

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Fernanda Veras

Brasília(DF), 18/08/2015 - Novas Designers de Acessórios - Fernanda Veras Foto: Bruno Pimentel/Metrópoles
Cerrado chique: as joias de Fernanda em prata trazem formas orgânicas e materiais como sementes e pedras *Bruno Pimentel/Metrópoles**

 

Quem conhece o pequeno ateliê de Fernanda Veras, nos fundos da casa onde mora, no Lago Sul, nem imagina que é dali que sai a prataria tão sofisticada que ela exibe em mostruários de vidro, na entrada de casa. Os acessórios de prata de Fernanda, de formas geométrica e orgânicas, remontam à sua formação acadêmica que, não fosse a inspiração, em nada se pareceria com as suas joias: biologia. “Minha inspiração é muito da natureza. Eu dou a minha interpretação do cerrado”, conta.

Fernanda começou o trabalho com a joalheria há oito anos, ainda na faculdade. No início, trabalhava com a prata pura. Depois, começou a misturar materiais e a dar a cara que a marca tem hoje. Os anéis com fios encapados, câmara de pneus velhos, acrílico, semente e, mais recentemente, pedraria são o carro-chefe da produção da designer, que esticou o talento dos acessórios para as paredes. Ela tem experimentado arte também com lápis de cor e tinta.

“Considero minhas joias também obras de arte para vestir. Cada peça é como se fosse uma pequena escultura”, comenta. Além das feiras, Fernanda atende sua clientela em casa. Há algum tempo abriu mão das revendas em boutiques e multimarcas. “Eu queria muito saber quem comprava minha joia. Às vezes fazia um brinco superdiferente, vendia, e nem sabia para quem. Hoje faz diferença para mim saber quem são essas pessoas.”

Ficha técnica
Quem: Fernanda Veras
Produto: brincos, colares, braceletes em prata fosca, pura ou com pedraria
Quanto: a partir de R$ 280
Onde: em feiras de rua e de shopping ou em casa. Quem quiser marcar um horário para atendimento pode procurar a designer pelo Facebook

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Capim Estrela, de Ana Raquel

 

Brasília(DF), 04/09/2015 - Novas Designers de Acessórios - Ana Raquel Banquart Foto: Bruno Pimentel/Metrópoles
A Capim Estrela, de Ana Raquel Banquart, tranforma em relíquia flores do cerrado e água da cachoeira Santa Bárbara *Bruno Pimentel/Metrópoles**

 

O trabalho da Capim Estrela é a cara do movimento das feiras da cidade que tem dado espaço para que novos e jovens talentos testem habilidades e se arrisquem no comércio. Algumas dão certo. Ana Raquel, dona da marca, estuda engenharia florestal na Universidade de Brasília, mas sempre teve jeito com as mãos. É do tipo que prefere fazer os presentes para pessoas queridas a comprá-los. Há três anos, partiu para a Espanha para um intercâmbio e voltou inspirada pelas bijuterias com plantas que viu por lá.

De volta a Brasília, o cerrado deu vazão à criatividade de Ana. As flores e folhas secas que ela pega em caminhadas por trilhas – outra paixão da designer – viram peça de exposição em pequenos globos de vidro em colares, anéis e brincos. O relicário com dente-de-leão é a peça queridinha da marca – e também a mais cara (R$ 85).

O colar com água da cachoeira Santa Bárbara também não dura muito nos eventos dos quais participa. “Fico feliz em ver que as pessoas valorizam o que é daqui. Nas feiras, elas ficam admiradas”, conta. O próximo passo é profissionalizar a marca. O e-commerce da Capim Estrela está a caminho.

Ficha técnica
Quem: Ana Raquel
Produto: brincos, anéis e colares com flores, folhas e água colhidos no cerrado.
Quanto: entre R$ 40 e R$ 85.
Onde: em feiras como o Picnik e a Virada do Cerrado e na Endossa (307 Sul).

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Ciocco Atelier, de Luciana Solino

 

Brasília(DF), 18/08/2015 - Novas Designers de Acessórios - Luciana Solino Foto: Bruno Pimentel/Metrópoles
Joia para todo dia: a proposta da Ciocco é transformar a joia em acessório cool *Foto: Bruno Pimentel/Metrópoles**

 

Foi por necessidade própria que Luciana Solino, de 38 anos, foi aprender o ofício da joalheria. A paixão por se enfeitar de acessórios e a alergia a metais não combinavam. Nas joalheirias, só encontrava peças delicadas demais para o seu gosto, ou tão extravagantes que só um evento black tie daria conta de tanta ostentação. Assim nasceu a proposta da Ciocco: ouro e prata com o estilo mais cool próprio das bijuterias, para serem usados em qualquer ocasião.

A veia italiana da marca não está só no nome. É no país que a designer vez ou outra aprimora sua técnica e é de lá que importa referências para suas criações. A filigrana, por exemplo, bastante presente no trabalho em joalheria do país, também dá as caras nas pratas de Luciana, mas com a “cara da Ciocco”, ela diz. “Dou muito a minha cara às peças e acho que elas têm um pouco da identidade do Brasil e da Itália misturados, mas sempre com um visual clean”, define a designer.

Além das peças sob encomenda e das prontas, à venda pelo Instagram e por uma loja virtual, Luciana arrumou um jeito de aproximar o processo de criação da peça ao consumidor, um projeto que ela batizou de “della settimana” (da semana, em italiano).

A designer começa uma peça e publica uma foto do trabalho ainda em fase inicial no Instagram, dando poucas pistas do que o projeto vai se tornar. Quem comprar a ideia – e a peça – ali mesmo, paga mais barato. “É legal porque o cliente pode participar do processo. Muitas vezes eles opinam, eu mudo alguma coisa, dou a cara da pessoa”, comenta.

Ficha técnica
Quem: Luciana Solino
Produto: joias de prata, ouro e pedras que variam de tamanho. Os anéis e pingentes com letra, tipo “stamp”, são um dos mais vendidos da marca
Quanto: entre R$ 400 e R$ 6 mil
Onde: pelo Instagram e no e-commerce da marca

 

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(Observação: clique sobre o “i” para ler as legendas)

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