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Signos podem ser critério em entrevista de emprego? Entenda

Com popularização da astrologia, questionamentos como ascendente, lua e vênus têm sido cada vez mais frequentes em entrevistas de emprego

atualizado

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Homem fazendo entrevista de emprego
1 de 1 Homem fazendo entrevista de emprego - Foto: FreePik

Embora seja um dos estudos mais antigos do mundo, a astrologia nunca esteve tão em evidência como atualmente. Sua popularização, engajada em parte pelas redes sociais, deu novo status às informações relacionadas ao mapa astral, que passaram a ser cada vez mais cobradas nas rodas de conversa e, acredite, até em entrevistas de emprego.

O designer Pedro Henrique, de 23 anos, já passou pela situação. Ao participar de um recrutamento para uma vaga de estágio, foi questionado pelo dono da empresa sobre seu signo, lua, ascendente e outras características astrais.

À BBC News, ele disse que, após a entrevista, questionou um colega que já havia trabalhado no local sobre o hábito da chefia. “Ele disse que o dono perguntava sobre os signos das pessoas porque ele não contratava ninguém de touro”, lembra.

Apesar de causar estranheza, relatos feitos nas redes sociais mostram que o caso do designer não é isolado. “Já perguntaram meu signo numa entrevista. Perdi meu interesse na empresa nesse momento. Não fiz cinco especializações em mercado financeiro para ouvir esse tipo de coisa”, afirmou uma usuária do Twitter.

 

O que dizem especialistas

Profissionais ouvidos pela reportagem divergem sobre o tema.

A astróloga Paula Belluomini, diretora da Sociedade Internacional para Pesquisa Astrológica (em inglês, International Society for Astrological Research), critica o fato. “A avaliação de uma pessoa para uma vaga de emprego deve ser baseada em entrevistas e provas. Devem ser levados em consideração, principalmente, experiência profissional e testes psicológicos que venham a avaliar a habilidade emocional e psíquica do indivíduo”, diz.

Há outros nomes, no entanto, que defendem que que os signos podem ser usados no processo seletivo, desde que informação não deve seja de total relevância na decisão final do recrutador.

“A astrologia se baseia no que os gregos chamavam de ‘katarché’, ou seja, o que estava no início, nos primórdios. A ideia é que a configuração dos astros num momento de nascimento de algo ou alguém guarda as informações sobre seu desenvolvimento ulterior no tempo. Por isso, a nossa obsessão com horários e minutos em que algo começa, seja lá o que for”, explica a astróloga Bárbara Abramo.

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