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Quer ter orgasmos múltiplos? Pergunte-me como. Experimentamos um fim de semana de sexo tântrico e contamos tudo para você

Os brasilienses Daricha e Gurutama dão aulas para casais que desejam expandir sua conexão e seu prazer. São três dias em uma fazenda para aprender os segredos do tantra, no workshop Delerium

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Leonardo Arruda/Esp. Metrópoles
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1 de 1 Leonardo Arruda/Esp. Metrópoles - Foto: Leonardo Arruda/Esp. Metrópoles

Formigas e bois surpreenderam os participantes do workshop Delerium — que ensina o sexo tântrico multiorgástico — do lado de fora do salão onde a aula havia ocorrido, em Pirenópolis. Eram 12 casais no mesmo ambiente, dividindo fluídos. No fim da atividade, quando abriram as portas, ouviram um barulho na mata. Era o gado à procura do odor agridoce do feromônio, enquanto dezenas de formigas corriam de um lado para o outro. Os bichos não conseguiram se aproximar das pessoas e tudo acabou bem.

Minutos antes, da porta para dentro, durante as lições, os seres humanos capazes de atrair outras espécies com seu cheiro excitavam-se como animais. Nunca estiveram tão próximos de seu lado selvagem como naquelas horas. A cena ocorreu em um dos espaços escolhidos pelo casal de terapeutas tântricos Prem Gurutama e Daricha para uma verdadeira aula de prazer.

A história quase inacreditável ajuda a entender porque esse método atrai curiosidade e desperta o desejo de casais (hétero e homossexuais) no Brasil inteiro. Com meu marido, me matriculei no curso para dividir com os leitores do Metrópoles o que acontece entre essas quatro paredes.

As palavras sexo e selvagem em frases próximas transportam para fetiches e fantasias que em nada correspondem à ideia tântrica. Se você, como a maioria das pessoas, tomou referências dos filmes pornôs e bebeu da fonte do senso comum para aprender a transar, talvez seja hora de rever conceitos.

“O sexo hoje em dia parece uma luta de MMA, cheia de demonstrações de poder. Não é que não possa ser feito assim, não existe regra. Mas aquela ideia de que “homem tem que ter pegada”, por exemplo, deixa pouco espaço para o toque sensível, para um outro tipo de experiência”, resume Daricha.

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Gurutama (Uirá Costa) e Daricha (Fernanda), no estúdio onde recebem clientes para massagens tântricas.

Sem vergonha
“Você vai ter coragem de fazer isso?”. Foi a pergunta que mais ouvi nos dias anteriores ao workshop. O “isso” era o Delerium para casais. Na cabeça de quem perguntava, imagino, seria uma aula de sexo grupal, swing, uma verdadeira suruba. Ficar pelado é um grande tabu. Tirar a roupa no mesmo ambiente que outros casais, então, uma verdadeira pouca vergonha. Mas, afinal, quem foi que disse que ter pouca vergonha é ruim?

É preciso ressignificar muitos ensinamentos para entender a proposta da Delerium, massagem tântrica criada no Centro Metamorfose, que é focado no desenvolvimento, pesquisa e expansão da sexualidade humana. A sede fica em São Paulo, mas há representantes em vários estados. Em Brasília, Gurutama e Daricha ministram as lições para casais. Há dezenas de outros terapeutas e de cursos para solteiros, voltados para o sagrado feminino, respiração circular e pompoarismo, por exemplo.

É fácil acomodar-se ao esconderijo das luzes apagadas, ao conforto da cama quentinha, que não revela medos e pudores, mas também não costuma ser cenário de orgasmos múltiplos, ou oceânicos, como a Delerium descreve. Difícil mesmo é admitir que se sabe muito pouco a respeito do corpo — sobre o seu e o dos outros. Aceitar o desafio de se descobrir exige coragem.

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O giro tântrico é um dos movimentos ensinados no workshop

 

Os encontros ocorrem em pousadas de Brasília ou Pirenópolis. Dessa vez, foi no PAD-DF, na Ecopousada Villa Triacca, que ficou fechada para o grupo. O primeiro contato com os outros participantes do workshop, que dura de sexta-feira à noite até domingo à tarde, é um jantar. Logo na chegada, os olhares se cruzam. “E se eu encontrar alguém conhecido?”, diz a voz paranoica interior. Observo os desconhecidos com quem vou dividir intimidade: os casais mais jovens têm cerca de 30 anos de idade, mas pessoas de até 75 já fizeram o curso.

Há muitos pais e mães que poderiam ser os meus, na casa dos 50 anos. Alguns deixaram os filhos com um parente, com a desculpa de participar de um “encontro de casais da igreja”. Quase todos são muito religiosos. Um dos homens é ex-seminarista. O primeiro impulso é imaginar todo mundo pelado, mesmo que a tal voz na minha cabeça me reprima: “Não seja infantil”.

Dizer que a Delerium – desenvolvida por Deva Nishok para ensinar casais a explorarem o próprio corpo e o do parceiro – é um encontro com o desconhecido seria pouco. Durante um workshop imersivo senti na pele os ensinamentos tântricos. Em três dias, descobri mais do que em 14 anos de vida sexual ativa e satisfatória.

Lamber cada pedaço do parceiro, cheirar com as narinas bem abertas o rastro por onde a língua passou, olhar-se longamente nos olhos, respirar o ar que sai da boca do outro e mergulhar em uma experiência sensitiva de prazer. Já imaginou uma “preliminar” de três horas onde goza-se 8, 9, 10 vezes seguidas, sem qualquer penetração? Ah, e não tem sexo convencional depois, em nenhum dos três dias. “É possível chegar ao orgasmo sem toque, só com olhar”, garante Gurutama. “Mas é preciso muito treinamento para chegar a esse ponto”, complementa.

No tantra, quem se preocupa demais com a chegada não aproveita o caminho. A viagem pode ser mais prazerosa do que o tão aguardado “check in”. A instrução principal é deixar do lado de fora os conhecimentos prévios sobre prazer. Pense rápido: ao que você associa a palavra lamber, relacionada ao sexo? Volte duas casas e reformule. Na experiência tântrica, todo o corpo é degustado. Ensina-se a sentir os feromônios, que concentram-se nas juntas: perto das costelas, debaixo dos seios, no joelho, nas axilas…

A primeira lição é olhar nos olhos, uma poderosa ferramenta de conexão. Dentro do salão à meia luz, com músicas tântricas, o desafio é encarar o outro durante quase uma hora. Há quem chore de emoção — como eu — e também quem desista logo ali. Alguns casais não suportam o peso de enxergar o outro. “No dia a dia, a gente se vê, mas não se enxerga. Olhar nos olhos pode ser revelador”, afirma Daricha. A voz de Tom Jobim invade a sessão. “Este seu olhar, quando encontra o meu, fala de umas coisas que eu não posso acreditar…”

Depois, é hora de praticar a posição yab yun (que Gurutama tem tatuada no braço). O homem senta com as pernas em formato de borboleta e a mulher senta de frente para ele, encaixando as pernas ao seu redor, fazendo o giro tântrico, que é balançar de um lado para o outro, para frente e para trás. Mas, calma, estamos todos vestidos, ainda.

No salão escuro, o barulho da respiração parece o sopro de um vento forte. O ar que sai da boca dela entra pelos lábios dele, em uma poderosa troca de energia. Os olhos se encontram e não devem se perder. A primeira noite termina depois de três horas, com uma recomendação: “Não transem!”. Há quem corra para apagar o fogo com um banho frio no laguinho da pousada. Muita calma nessa hora.

Precisa mesmo tirar a roupa?
O momento mais temido chega na manhã do primeiro dia: a hora de se despir. “Precisa mesmo tirar a roupa? Qual é a diferença se não tirar a roupa”, questiona Maria*, 35 anos. Daricha responde que não é obrigatório e que cada casal tirará as peças no momento em que se sentir confortável. Mas é fato: o toque direto na pele é essencial.

Cada casal — são seis, no total — tem um colchonete grande e confortável, feito sob medida, que se torna um espaço seguro para a intimidade. Eles ficam espalhados pelo salão, em uma distância segura uns dos outros. Está escuro e quem desejar pode usar vendas nos olhos. Então, a preocupação em ser visto nu diz bye bye. Ela, na verdade, desaparece nos momentos de êxtase, nos quais não se pensa em nada.

A música tântrica não para. As mãos percorrem o corpo do parceiro. É preciso senti-lo como um todo. O toque deve ser leve, como passar a mão em frente a uma televisão ligada, sem encostar, só para sentir a energia. Depois: mais “experiências olfato-gustativas”, ou seja, mais lambidas e mais cheiradas em todo o corpo (mas nada de sexo oral convencional, lembre-se: você não está ali para fazer o que já sabe). É preciso ativar os tais feromônios. Apesar da excitação, paramos por aí.

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O cheiro é uma das partes mais importantes da experiência tântrica

 

Depois de uma breve pausa para o almoço — onde todos compartilham o mesmo restaurante e, só nos primeiros momentos, algum constrangimento —  é preciso tomar fôlego para o que vem a seguir. Na volta ao salão, um kit formado por um rolo de papel toalha, um vidro de óleo de semente de uva e um vibrador estilo bullet (que parece uma bala de revólver, com efeito realmente matador) espera cada casal. “Ainda dá tempo de desistir”, penso. Mas a curiosidade é maior, ainda bem.

Gurutama e Daricha dão uma demonstração prática — ela fica nua, ele não — de técnicas de massagem tântrica para homens e mulheres. Mostram como deve ser feita a massagem na yoni (termo em sânscrito para vagina ou passagem divina): os dedos do homem devem explorá-la, deslizar por todos os cantinhos, massagear os grandes lábios e passar pelo períneo. Também ensinam onde o vibrador deve ser posicionado para proporcionar a tal experiência oceânica.

Tem que ter jeitinho. A cápsula mágica não deve ser colocada em qualquer lugar do clitóris, mas sim nas laterais das camadas que o protegem, até encontrar o ponto certo, o milímetro exato, para enlouquecer a parceira. “O tântra é feminino, é uma prova de dedicação”, ensina Gurutama. Então, nada de dar só uma “esfregadinha” aqui e outra ali, homens. O caminho do paraíso é longo, mas recompensador (lembre-se depois será a sua vez de receber a massagem!).

Os terapeutas monitoram de longe a execução dos exercícios, tocam músicas e falam em um microfone para ditar o ritmo de cada etapa. Quando é necessário, aproximam-se muito discretamente do casal, para instruções mais detalhadas, sem interromper o clima. “Nós somos apenas os DJs”, afirma o instrutor.

Arquivo Pessoal
O casal de terapeutas em ação: ambiente onde as aulas ocorrem

 

                               

Cada um no seu quadrado, é hora de começar. Logo após o início da massagem na yoni, os sons da respiração misturam-se a gemidos, a choros compulsivos e a silêncios. De olhos vendados, é possível escutar — e cheirar, apesar da essência de sândalo — o que vem dos outros casais. O odor não incomoda. Na verdade, ele não interessa. Nada mais importa além daquela sensação: é nesse momento que as mulheres costumam ejacular (sim, como os homens), berrar, chorar e, enquanto algumas são mais introspectivas, outras beiram a histeria. “É estar em contato com a sua essência mais pura, com os seus traumas, suas tensões. Tudo isso é liberado”, explica Daricha.

A sensação é mesmo de libertação. Uma força sobe até a garganta, que chega a doer, com força suficiente para escapar em forma de grito e gemido. Aperto bem os olhos e aperto o forro que cobre o colchonete, talvez com medo de rolar ou levitar. Escuto o barulho dos pássaros do lado de fora, mas já não sei se eles são reais. Também não sei a que distância meu parceiro está de mim. Quem sabe tenha atingido o tal “estado de consciência alterada”, do qual os terapeutas falam.

Algumas poucas lágrimas escorrem dos meus olhos vendados e me sinto leve e tranquila, até a próxima onda de energia, que em alguns momentos parece me rasgar por dentro, em uma mistura de prazer e agonia. Ao meu lado, mas não tão próximo, uma mulher tem uma crise aguda de choro. Daricha a orienta a seguir o próprio coração. Mais tarde, no dia seguinte, ela dividiu com o grupo a sua experiência, em uma roda de conversa.

Tive uma criação machista, em que o prazer feminino era sujo e proibido. Tenho 35 anos e podia contar nos dedos de uma mão quantas vezes gozei na vida. Depois de ser mãe, o pudor aumentou ainda mais. Aqui, aprendi que tudo pode ser diferente

Maria

Depois da euforia feminina, e de um breve intervalo após três horas de êxtase, é hora de retribuir a massagem ao parceiro. Os terapeutas ensinam mil e uma formas de manipular o pênis, com ajuda do óleo e dos movimentos tântricos, nada da velha masturbação. Em alguns momentos, só a glande deve ser tocada, em movimentos circulares com as pontas dos dedos. Agora, são eles que vão à loucura, ao ter uma dezena de orgasmos longos e consecutivos. Mesmo quando o parceiro atinge o ápice, a instrução é continuar, com delicadeza, a manipular o pênis.

O gozo vem cada vez mais intenso: pode ser em forma de ejaculação ou orgasmo seco (sim, isso existe). O corpo se contrai, se contorce e tem espasmos totalmente involuntários. Nos homens, o prazer também se intercala com momentos de agonia e de descontrole. Perder o domínio sobre si mesmo e ver reações inéditas pode ser assustador. Há quem deixe o salão por alguns minutos, para tentar entender o que se passa. Discussões entre os casais também não são raras. “Aqui não é só prazer. Muita gente tem que enfrentar problemas de relacionamento que vem ignorando. A terapia mexe em todos os sentimentos”, afirma Gurutama.

A atividade que começou no sábado termina quase à 0h de domingo. Os casais seguem para seus quartos na pousada. No último dia, é hora de aprender a massagem genital oral. Daricha é a modelo. Como um professor de anatomia, Gurutama ensina aos homens na sala a fazer movimentos diversos com a língua, que realizará a “extrusão clitoriana.”

O homem faz uma pequena sucção e uma pressão circular com a língua, variando as manobras no sentido horário e anti-horário, com a língua bem lubrificada. Quando a manobra é bem-sucedida, uma vibração toma conta da barriga, de forma crescente. Uma possível reação é o “espasmo violento de natureza orgástica”, um orgasmo de grande magnitude, como um terremoto.

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No domingo, os casais praticam todas as etapas que aprenderam: olhar nos olhos, experiência olfato-gustativa, massagens genitais (com mão, vibrador e boca) e, por fim, uma técnica de penetração passiva. Enquanto estimula o clitóris com o bullet, a mulher é penetrada pelo parceiro, na posição que escolher. Ele não deve fazer o movimento de entra e sai. Os espasmos da vagina, que se contrai diversas vezes, em diferentes velocidades, é que levam o casal aos orgasmos (notem que essa palavra, aqui, nunca vem no singular). É o exercício final de aprendizado.

Antes de se despedir, Daricha e Gurutama convidam a uma roda de conversa, na qual quem se sentir à vontade fala sobre a experiência. Os momentos vividos ali podem ser transformadores. Sob efeito dos orgasmos múltiplos, há quem se sinta poderosa. “Eu costumava olhar para aquelas mulheres supersaradas, perfeitas, e me diminuir. Depois daqui, quando eu olhar para qualquer uma vou pensar: você goza nove vezes seguidas? Se não, não me causa inveja”, brincou Maria.

Casais com um mês de namoro ou décadas de casados já passaram pela Delerium. Em dois anos de atendimentos, Daricha e Gurutama já ensinaram seus segredos para mais de mil pessoas. Algumas queriam salvar um relacionamento carente de tesão. Outras melhorar uma conexão que já existia.

É bonito ver o esforço de quem não desiste da relação e opta pelo caminho da reconquista. Ali, os parceiros também aprendem a se olhar com novos olhos, a chegar mais perto da paixão do começo.

Em 26 anos de casados, eu nunca soube que isso era possível. Nós viemos aqui porque nossos três filhos estão adultos, já saíram de casa e a gente quer reaprender a namorar

disse um homem, ao lado da mulher, os dois já na casa dos 50 anos

O nascimento de Daricha e Gurutama
Antes de ser Daricha Sundari — que significa “janelas abertas”, em sannyas — ela era Fernanda. Formada em engenharia da computação, mudou de ramo após conhecer os benefícios do tantra. Foi Uirá Costa — que virou Prem Gurutama (“divino mestre do amor”) –, servidor público do Superior Tribunal Militar, quem mostrou à mulher esse caminho.

“Eu menti que ia fazer um curso de direito penal militar e fui aprender massagem tântrica. Voltei louco para mostrar para ela, que enlouqueceu com as manobras, mas não aceitou muito bem de início. No fim, ela se envolveu tanto que virou terapeuta e eu também”, lembra o marido.

Os dois têm três filhos pequenos, que os chamam pelo nome em sannyas, um conceito vem da filosofia de Osho: “Olhando a vida do ponto de vista da autoignorância é sansara, o mundo. Olhando a vida do ponto de vista do autoconhecimento é sannyas.” O casal é fiel à missão de ensinar que há sempre um caminho pela frente, mesmo depois de “chegar lá”.

Serviço
Centro Metamorfose

O que oferece: Workshops para casais (hétero e homossexuais) e para pessoas solteiras (nessa modalidade, você forma par com outro solteiro que também estará lá para aprender) e massagens tântricas. Além da Delerium, há também Yoga Tântrico e Poderes do Feminino, por exemplo.

O Delerium para casais custa R$ 1.980 (em até 6x) e inclui hospedagem e refeições. A edição da qual participamos foi beneficente e teve o lucro destinado a instituições de caridade.

Onde fica: A sede é em São Paulo, mas há polos em Brasília. O administrador por Daricha fica na 707/907 Sul, Edifício San Marino, sala 421.
Contato: (61) 9952-7256 e (61) 9924-1544.

As unidades do Lago Norte e do Sudoeste também oferecem massagem tântrica

Unidade Lago Norte
Contato: (61) 3205-3959, (61) 9625-8073 , (61) 9844-9783 , (61) 9512-7004 , (61) 9327.3065 , (61) 8141-5439 e (61) 8421-7357.
Onde fica: Quadra SMLN MI, Lote 5, nº 206 (Chácara)

Unidade Sudoeste
Contato: (61) 8422-2442
Onde fica: CLSW 504, Bloco B, Sala 158

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