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Projeto quebra preconceito sobre quem são os refugiados no Brasil

A iniciativa usa as redes sociais para divulgar histórias e currículos de expatriados

atualizado

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Alguns têm rostos sorridentes, outros mais sérios, mas todos trazem histórias trágicas e de busca por uma nova vida. São pessoas que saíram dos seus países por perseguições políticas, ameaças e porque era impossível viver. Elas carregam um título que traz preconceito e dificulta a entrada no mercado de trabalho: refugiado. Para ajudar esses indivíduos a conseguir uma segunda chance, nasceu o projeto Estou Refugiado.

São 1.200 refugiados cadastrados de 12 países e 450 contratados. A proposta é mostrar os currículos dessas pessoas no Brasil para colocá-los no mercado de trabalho e quebrar o estigma do que é ser um expatriado. O lema do projeto é Estou Refugiado: o Preconceito Acaba Quando a Compreensão Começa.

A iniciativa foi idealizada por Gisela Rao e Luciana Capobianco, mas hoje a equipe aumentou. Luciana já contou que, quando criou o projeto, “queria abraçar uma causa social” e “tinha vontade de construir um mundo melhor”. Judia, o avô de Luciana fugiu da Romênia por perseguições da União Soviética. Essa história familiar a incentivou a começar a organização.

Além de usar as redes sociais para divulgar currículos, a equipe realizou experimentos sociais, ações de financiamento coletivo e instalou Máquinas de Currículos para divulgar o trabalho em locais públicos. Hoje, também conta com um brechó on-line para arrecadar mais fundos e auxiliar os estrangeiros que vivem em condições precárias.

O experimento social foi feito no Tinder para medir o nível de preconceito. Criaram dois perfis com descrições diferentes, mas com o mesmo rosto. Um dizia: estrangeiro com formação superior, radicado no Brasil, interessado em conhecer brasileiras. O outro trocava a palavra estrangeiro por refugiado. Veja o resultado no vídeo abaixo:

Além do experimento, realizaram um projeto de arrecadação para bilhetes de ônibus, já que muitos refugiados não conseguiam ir até os locais das entrevistas de emprego. Por fim, realizam a Máquina de Currículos. Instalada em instituições, como museus e escolas, apresenta os diversos currículos e mensagens contra o preconceito.

Veja abaixo algumas histórias publicadas pelo Estou Refugiado:

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