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Garota de 11 anos é barrada na escola por causa dos cabelos

No vídeo que se tornou viral, Faith Fennidy é vista chorando ao sair do colégio

atualizado

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Uma garota de 11 anos saiu aos prantos da escola Christ the King, em Terrytown, Estados Unidos, depois de a direção não aprovar o seu cabelo. Faith Fennidy usava o fios com apliques trançados e, segundo o colégio, o penteado não seguia as regras de vestuário da instituição.

O caso repercutiu nas redes sociais graças ao post do irmão de Faith, Steven Fennidy. No relato, ele conta que a administração mudou as regras durante as férias, sem consultar os familiares dos alunos e não avisou ninguém.

A publicação é acompanhada por um vídeo de Faith saindo da escola chorando enquanto o pai pergunta a uma pessoa da direção: “O que há de errado com o cabelo dela?”. Segundo Steven, a irmã usa extensões há dois anos e os apliques facilitam a vida da garota, permitindo que ela tome banho de piscina sem precisar de muito tempo para se arrumar depois.

“É só mais uma barreira para pessoas negras entrarem [na escola]. Essa decisão afeta mais garotas negras que brancas”, continua o irmão de Faith no post.

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Segundo a advogada da família, Inem O’ Boyle, essa é a segunda vez que a escola rejeita a garota por causa do cabelo. Na primeira ocasião, a família gastou um alto valor para colocar as extensões e se adequar ao código do colégio. Ainda de acordo com Inem, a escola solicitou que Faith “não voltasse mais”.

Segundo o manual de regras do colégio cristão, “somente cabelo natural é permitido. Extensões, perucas e apliques de qualquer espécie não são liberados”. As punições para quem descumprir as normas seriam o envio do aluno para casa e suspensão até que a questão seja resolvida. Entretanto, a superintendente da instituição afirmou, em nota, que a menina não foi expulsa nem suspensa, mas sim foi oferecida a opção aos pais que seguissem as regras, e eles se posicionaram contrários e decidiram tirar Faith.

A família da menina ainda não sabe se vai entrar na Justiça contra a escola, mas o caso chamou atenção de celebridades como o rapper T.I. No Instagram, o artista compartilhou a indignação: “Como vocês sentem que essa é uma representação de como Jesus Cristo gostaria que tratássemos nossas crianças? Vocês deveriam se envergonhar”.

“Essa jovem moça é linda e o cabelo dela está perfeitamente normal. Ou por acaso vocês têm algum problema com cabelo de negro?”, ele continuou.

Esse é o segundo caso noticiado nos Estados Unidos de uma criança negra que não pôde participar das aulas por causa dos cabelos. Pouco antes de Faith, um garoto da cidade de Apopka, Flórida, foi rejeitado pela escola por usar dreadlocks.

No Brasil, o caso mais recente de discriminação a cabelos crespos aconteceu em julho deste ano, quando uma menina de 8 anos teve os cachos alisados sem permissão da mãe. O episódio ocorreu em Governador Valadares (MG). A madrasta da pequena Izabella alisou os fios da garota sem consentimento da mãe e comoveu muitas pessoas na internet.

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