Estudo revela que pandemia afeta mais a saúde mental das mulheres

Pesquisa mostra que 53% do sexo feminino está mais preocupado e ansioso com o atual momento

Fernanda Suassuna
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Enfrentar a quarentena não tem sido tarefa fácil para ninguém. No entanto, os efeitos psicológicos da pandemia de Covid-19 afeta mais as mulheres do que os homens, de acordo estudo feito pela ONG americana Kaiser Family Foundation.

Na pesquisa, as mulheres relataram como estavam se sentindo desde o início do isolamento social.

No levantamento, 53% das entrevistadas declararam que a preocupação e o estresse estão associados diretamente ao coronavírus. Entre os homens, esse número é de apenas 37%.

Ouvidas pelas ONG, muitas mulheres confessaram que se sentem mais cansadas por precisar conciliar o home office, os cuidados com os filhos e os trabalhos domésticos.

No Brasil

As mulheres brasileiras ainda trabalham quase o dobro de horas que os homens nos afazeres domésticos e cuidados de parentes, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no ano passado.

O estudo, que teve como base informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), afirma que, enquanto as mulheres dedicaram, em média, 21,3 horas semanais a afazeres ou cuidados de parentes, os homens só empenharam 10,9 horas nesse tipo de tarefa.

Quando somadas as jornadas de trabalho mais tarefas domésticas e cuidado de pessoas, as mulheres trabalharam 3,1 horas a mais do que os homens: elas somam 53,3 horas semanais de trabalho, enquanto os homens trabalham 50,2 horas semanais.

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