Com hashtag, alunos denunciam racismo de professores em sala de aula

Relatos incluem deboches, comentários sobre os cabelos e a cor da pele e desdém com alunos cotistas em universidades

Carolina Samorano
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Desde o início da semana circula no Twitter uma campanha que denuncia casos de racismo em salas de aula de universidades e escolas, partindo sempre de professores. Usando a hashtag #MeuProfessorRacista, alunos relatam comentários debochados, tratamento diferenciado e até piadas com a escravidão em aulas de história.

O movimento começou depois de um episódio na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP). Segundo o coletivo Ocupação Preta, uma professora da faculdade teria feito chacota com marchinhas racistas e também ao abordar a questão racional na obra de Machado de Assis, durante uma discussão em sala.

Em nota, o coletivo disse que se “perpetua nas universidades uma diretriz e um embasamento teórico pertencente à branquitude” e reforça que repudia a postura da professora — na época, ainda de acordo com o coletivo, ela exigiu que eles se retirassem da Campus por um segurança e disse que conhecia um professor “mais negro” que os alunos e alunas pertencentes ao coletivo e que estavam em sala de aula.

No Twitter e no Facebook, estudantes contam histórias absurdas, como a de um professor que teria insinuado que pretos deveriam fazer faculdade para “pelo menos ter direito a cela especial”. Ou de ordens para amarrar os “cabelos de piaçava”, em sala de aula.

Confira alguns dos relatos:

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