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A internet mudou até a forma de reconhecer um pé na bunda

Ghosting, zombieing e benching são apenas alguns termos para explicar situações amorosas que acontecem no mundo on-line

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No mundo do namoro on-line não faltam possibilidades, tanto de aplicativos quanto de pessoas. Existem apps para quase todas as preferências: têm os mais básicos, como o Tinder, no qual os usuários se conectam através de likes mútuos, ou os mais “inovadores”, como o Bumble, em que a conversa só pode ser iniciada se as mulheres mandarem mensagem primeiro, e até os mais específicos, como o Sapio, que conecta pessoas que se identificam como “sapiosexuais”.

Devido a esse mar de possibilidades, há quem argumente que as relações hoje em dia ficaram mais superficiais e que os millennials não conseguem criar laços profundos. A psicóloga Lígia Baruch ficou tão intrigada com o tema que decidiu pesquisar a fundo. Todo o seu estudo levou ao livro “Tinderellas: o amor na era digital”, no qual Lígia discute as relações afetivas pós-tecnologia e como isso impactou principalmente as mulheres.

“Essas mudanças não afetaram apenas os jovens. Os mais velhos têm mais a ganhar com os apps de busca amorosa, porque existem menos espaços de encontros para essa faixa etária e menos tempo de ir a bares, festas e baladas”, diz a psicóloga. Lígia também afirma que a tecnologia facilitou as formações e os rompimentos amorosos, além de ter dado a oportunidade das mulheres aumentarem suas experimentações sexuais.

Sobre as “técnicas de desaparecimento” nos relacionamentos on-line, Lígia acredita que eles já aconteciam antes, mas de forma diferente. “Muitos não têm maturidade para terminar uma relação. Antes se conversava com duas ou três pessoas ao mesmo tempo. Atualmente, graças à rede, pode-se estar ‘paquerando’ 50 pessoas ao mesmo tempo”.

Apesar disso, a psicóloga acredita que a tecnologia nos relacionamentos não é ruim e que os usuários precisam aprender a usar os aplicativos a seu favor. “Acho um absurdo as pessoas só verem o lado negativo. Antes existia mais duração nas relações, mas não necessariamente satisfação.” Lígia ressalta que os aplicativos são positivos especialmente para as mulheres, que atualmente têm mais opções de parceiros e experiências sexuais.

Conheça as principais “técnicas de desaparecimento” das relações on-line:

1. Ghosting
Um verdadeiro clássico entre os millennials e quem se aventura nas conversas on-line. O nome vem de ghost (“fantasma” em inglês) e quer dizer que a pessoa com quem você estava conversando simplesmente “desapareceu”. Você não tem mais respostas de mensagens ou curtidas em redes sociais daquela pessoa. Sem direito a explicações ou “tchau”, o ghosting é algo cruel, mas normal nessas relações.

2. Zombieing
Depois da pessoa desaparecer – talvez até no estilo ghosting – ela reaparece. Isso é conhecido como zombieing, porque igual a um zumbi, a pessoa decide reaparecer e voltar à vida, mas através de uma mensagem ou uma nada sutil curtida em rede social.

3. Benching
“Benching” é uma palavra que faz referência a ficar esperando em um banco de reservas, mas isso não serve apenas para esportes. Em relacionamentos, o que acontece é a pessoa te dar migalhas, apenas o suficiente para te manter por perto enquanto ela analisa as outras opções dela. Ficar no “banco de reservas” pode ser bem confuso, porque você tem sinais — às vezes com curtidas e respostas rápidas de mensagens — que a pessoa gosta de você, mas nada é garantido.

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