metropoles.com

É dia de rock, bebê: elas também arrasam

Apesar de o gênero ser dominado por grupos formados por homens, há conjuntos diversificados responsáveis por grandes e inesquecíveis hits

atualizado

Compartilhar notícia

Divulgação L7/ Facebook
1 de 1 - Foto: Divulgação L7/ Facebook

Seja pelo estilo ou pela música, o rock deixou um legado. Hoje, no dia Mundial do Rock, é fácil lembrar de bandas que marcaram alguma década. Mas a dificuldade aumenta quando se pensa em grupos formados só por mulheres.

Elas tocam guitarra, bateria, baixo e cantam. Bandas formadas só por mulheres co-existiram com conjuntos masculinos que fizeram sucesso. Em 1985, por exemplo,o Guns N’ Roses surgia ao mesmo tempo que a banda L7 também aparecia com forte teor feminista e guitarras pesadas.

E as bandas formadas só por mulheres passaram por diversos sub-gêneros: grunge, heavy metal, punk rock. Mesmo assim, a diferença de popularidade e de tratamento pelas gravadoras foi marcante nas décadas que seguiram desde o surgimento do rock.

Conheça, na lista abaixo, bandas formadas só por mulheres que também deixaram legado entre os anos 1970 e 1990:

Fanny
Conhecida por ser a primeira banda de rock feminina a ter um álbum  produzido por uma grande gravadora (Reprise Records), Fanny durou somente seis anos, de 1969 a 1975. A formação inicial era compostas pelas irmãs June Millington (guitarra) e Jean Millington (baixo), Nickey Barclay (tecladista) e Brie Bandt (bateria).

 

A banda lançou cinco álbuns e duas músicas alcançaram o Top 40 de mais vendidas na Billboard. A canção Charity Ball chegou à 40ª posição, em 1971, e Butter Boy à 29ª, em 1975. Fanny se dissolveu após várias integrantes decidirem sair do grupo por motivos pessoais ou para se juntarem a outros conjuntos.

Vixen
Banda formada em Minnesota em 1973, a formação mais conhecida é composta por Janet Gardner (vocais e guitarra), Jan Kuehnemund (guitarra), Share Pederson (baixo) e Roxy Petrucci (bateria). O primeiro álbum do grupo, chamado de Vixen, conseguiu o disco de ouro em 1989 e chegou a vender 500 mil cópias. A música Cryin’ chegou à 22ª posição na lista de mais vendidas da Billboard em 1989.

 

A banda continua as atividades com turnês e o último álbum foi lançado em julho deste ano, Live Fire.

The Runaways
Popular por ter a história adaptada para o cinema por meio do filme The Runaways, a banda foi formada em 1975 por Sandy West (bateria) e Joan Jett (guitarra). Com o apoio do produtor Kim Foley, o grupo acrescentou mais três integrantes: Lita Ford (guitarra), Cherie Currie (vocais) e Jackie Fox (baixo).

 

A banda lançou quatro álbuns gravados em estúdio e um ao vivo. The Runaways teve um sucesso significativo em países internacionais, especialmente no Japão, graças à música Cherry Bomb.

O fim do grupo aconteceu oficialmente em 1979 depois de discordâncias entre as integrantes e de discussões com o produtor, Kim Foley.

Girlschool
Girlschool foi formada em 1975 por Kim McAuliffe (guitarra e vocais), Enid Williams (baixo), Kelly Johnson (guitarra e vocais)  e Denise Dufourt (bateria). A banda ganhou sucesso por sua associação com o conjunto de hard rock Motörhead. Os dois grupos realizaram turnês juntos e gravaram músicas em parceria.

 

O primeiro álbum da Girlschool, chamado Demolition, chegou à 28ª posição nas vendas no Reino Unido, em 1980. Hoje, a banda tem um total de 13 álbuns lançados, o último em 2015.

 

The Go-Go’s
Banda formada em 1978, The Go-Go’s alcançou a segunda posição na Billboard e permaneceu na lista por 19 semanas, em 1982, com a música We got the beat. O álbum de estreia, Beauty and the Beat, vendeu 2 milhões de cópias e conseguiu o status de tripla-platina. A canção We Got The Beat também chegou ao segundo lugar na lista de mais vendidas da Billboard em 1982.

The Go-Go’s também foi reconhecida por compor e produzir as próprias músicas.

A formação inicial era composta por Belinda Carlisle (vocal), Jane Wieldlin (guitarra), Margot Olavarria (baixo) e Elissa Bello (bateria). A banda passou por outras formações enquanto suas integrantes saíam, mas suas atividades continuam até hoje em turnês.

L7
Formada por Donita Sparks (vocal e guitarra) e Suzi Gardner (guitarra e vocal) em 1985, a banda de rock pesado surpreendeu os fãs ao retornar as atividades em 2014 após um hiato de 13 anos. Além de Sparks e Gardner, o grupo também contava com Jennifer Finch (baixo) e Demetra Plakas (bateria).

 

Com seis álbuns produzidos em estúdio, o L7 defendia o feminismo e já se apresentou no Rio de Janeiro, em 1993, no Hollywood Rock.

A apresentação em 1992, no Reading Festival, Inglaterra, marcou a trajetória da banda. Devido a problemas técnicos, o grupo foi recebido no palco com lama jogada pelo público. Donita respondeu lançando absorventes aos espectadores e deu início ao show.

Babes in Toyland
Banda de punk rock formada em 1987 na cidade de Minneapolis por Kat Bjelland (vocal e guitarra), Lori Barbero (bateria) e Michelle Leon (baixo), que foi substituída por Maureen Herman em 1992. O grupo lançou três álbuns em estúdio e as roqueiras voltaram a tocar juntas em uma turnê em 2014, após a dissolução, em 2001. 

 

A banda conseguiu vender 250.000 cópias do segundo álbum, Fontanelle, só nos Estados Unidos. Em 1993, participaram do Lollapalooza. A música Sweet ’69 chegou à 37ª posição na lista de mais vendidas da Billboard, em 1995.

Menção honrosa: Hole
Enquanto é comum encontrar bandas em que só a vocalista é mulher e o resto é homem, Hole é o inverso. A banda foi fundada por Courtney Love (vocalista) e Eric Erlandson (guitarra), o único integrante homem, em 1989. Como sete álbuns lançados, o grupo concorreu ao Grammy em dois anos. A primeira vez, em 1999, pelo álbum Celebrity Skin, em três categorias. A segunda, em 2000, pelo disco Malibu. 

 

A banda passou por diversas formações, mas a mais reconhecida foi a composta por Patty Schemel (bateria), Kristen Pfaff (baixo) e Melissa Auf der Maur (baixo). Hole teve um hiato de 2001 a 2009, até Courtney decidir reunir a banda.

Compartilhar notícia