Alexis Stone: a drag que enganou o mundo por cinco meses
Elliot Rentz se inspirou em Priscilla Presley e Jocelyn Wildenstein para manufaturar seu novo rosto
atualizado
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Drag queen e artista de maquiagem, Elliot Joseph Rentz, conhecido na internet como Alexis Stone, tornou-se famoso pelas suas transformações feitas com maquiagem – de Adele a Cher. Porém, algo sempre o perseguia: comentários sobre seu “rosto deformado” por preenchimento labial e nas bochechas, assim como por uma rinoplastia que deu errado.
Em agosto de 2018, Rentz anunciou que faria uma nova cirurgia. Quando voltou às redes sociais, surpreendeu o mundo. Ele explicou em um vídeo postado em agosto, no YouTube, que não gostava de seu rosto. “Não tenho conexão com o que vejo, nunca tive”, disse. “Então, mudarei tudo. Em um mês farei uma cirurgia dramática.”
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Em novembro, após postar diversas imagens de sua recuperação, publicou um novo vídeo, chamado The Reveal (A Revelação, em português), no qual citou Priscilla Presley e Jocelyn Wildenstein (apelidada de Mulher-Gato, com mais de 30 cirurgias plásticas no rosto) como inspirações para seu novo look.
Os comentários explodiram com críticas disfarçadas de apoio. “Fico feliz que você está feliz, mas você é estranho e horripilante, desculpa”, disse um internauta. Outros mostravam o desespero alheio, como: “JESUS……….. JESUS……… JESUS……. POR QUE, JESUS…… WTF?”.
Ao longo dos meses seguintes, Alexis continuou vivendo com seu novo rosto. Até que, no último dia do ano de 2018, ele o arrancou fora.
Após a revelação, Rentz postou um vídeo de meia hora que narrava sua vida durante os seis meses anteriores à “cirurgia”. Ele se encontrou com David Martí, artista de maquiagem e efeitos especiais ganhador do Oscar, para criar diversas máscaras e próteses – as quais usava até em seu dia a dia, para realmente convencer o mundo de que havia feito uma cirurgia tão transformadora.
Rentz tinha o objetivo de mostrar as pressões on-line para as pessoas se encaixarem em padrões de beleza, sobretudo aquelas que preferem passar pelo bisturi. Ele questionou os modelos duplos do que nós, como uma sociedade, aceitamos e condenamos como cirurgia plástica e a respeito daqueles que são celebrados ou punidos.