Descubra como evitar problemas ginecológicos durante as férias

Roupas de banho molhadas o dia inteiro abafam a região da vagina, favorecendo a proliferação de fungos e bactérias

Juliana Contaifer
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Em tempo de férias, mar e piscina, nem tudo é festa. É preciso ficar atento ao próprio corpo: as mulheres, principalmente. Nessa época do ano, as infecções ginecológicas costumam se proliferar.

Segundo a ginecologista Janaína Sturari, do Hospital Santa Lúcia Norte, os problemas mais comuns no verão são as vulvovaginites, principalmente a candidíase e a vaginose. A razão principal para o aparecimento dessas condições é o ambiente: ficar com o biquíni molhado o dia inteiro, por exemplo, acaba abafando a vagina e tornando a região propícia para a proliferação de fungos e bactérias.

O ideal, segundo Janaína, é evitar passar muito tempo com as roupas úmidas. “Entrou no mar ou na piscina, troque-se, ou mude de biquíni depois. O importante é não ficar o dia inteiro com qualquer peça que abafe a área. Outra dica é ficar sem calcinha em casa, para ventilar”, afirma.

O também ginecologista Domingos Mantelli explica que o uso de sabonete neutro, sem muitos cheiros, é outra ferramenta para ajudar a evitar alergias e ardências. No resto do tempo, esqueça as calcinhas de tecidos sintéticos e aposte no algodão.

Os principais sintomas dessas doenças são coceira, corrimento com cheiro desagradável e dor durante as relações sexuais. Uma vez instaladas, não se automedique. Procure um médico para fazer exames e determinar exatamente qual é o problema e o curso do tratamento.

Janaína conta ser comum receber pacientes que tomaram remédio ou aplicaram pomadas, mas não perceberam melhora. Sem intervenção, as mazelas podem evoluir para uma doença inflamatória pélvica, que pode precisar de cirurgia e, até mesmo, levar à septicemia (infecção que se espalha para o sangue).

Domingos também alerta para a depilação da área. “Evite depilar-se no mesmo dia que vai para a praia ou mergulhar na piscina, e não tire todos os pelos do órgão genital, pois eles protegem a vulva. O ato causa minúsculas lesões na pele, deixando-a desprotegida e exposta à contaminação”, ensina.

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