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Invista certo e economize na preparação para concursos

Compras desnecessárias e acúmulo de materiais geram prejuízos aos bolsos dos concurseiros

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O investimento financeiro durante a jornada para se tornar servidor público vai de itens de papelaria a cursos e especialistas da moda. A fatura não é nada barata e fica ainda mais cara quando as aquisições se acumulam sem uso ou sem que se faça uma avaliação da real necessidade de cada compra.

Um dos princípios da educação financeira pressupõe que os conceitos de caro ou barato variam conforme o benefício que se tem. Apenas com esse raciocínio se torna possível deixar muitos reais no bolso e guardá-los para o que realmente valerá a pena como investimento. Algumas práticas comuns dos concurseiros vão na contramão dessa ideia e servem de alerta.

Entre os erros que desencadeiam o desperdício de recursos, o mais sério está em acreditar que um plano estratégico começa na matrícula de um curso com pacote das disciplinas ou na compra desenfreada de livros. Uma etapa é ignorada: a avaliação do conhecimento prévio acumulado e dos materiais que estão no “estoque” pessoal. Passo essencial para evitar aquisições desnecessárias é se planejar detalhadamente em como investir.

Kit básico
Durante a preparação para a maioria dos cargos, o kit básico inclui as fontes principais de conteúdo das disciplinas (cursos, livros, apostilas), a assinatura de um site com banco de questões de provas anteriores, além de materiais pessoais como cadernos, fichários ou aplicativos que possam guardar as anotações, canetas de cores diferentes e marca-texto.

Com o edital divulgado, é adicionado na lista de custos o valor da inscrição e das despesas com eventuais viagens para fazer a prova. Elementos que só se tornam investimento em dois casos: quando se quer treinar o ambiente de avaliação ou quando se está competitivo para o teste, ou seja, se tem aproveitamento acima de 75% em simulados com todo o conteúdo programático. Caso contrário, será dinheiro jogado fora.

Diluindo custos
Ainda que todos os tópicos tenham que ser contemplados, é pouco eficiente e produtivo estudar várias disciplinas ao mesmo tempo. Ao priorizar a aprendizagem consistente e antecipada, a recomendação é se dedicar a quatro blocos de assunto, no mínimo, e não passar de seis blocos, conforme o tempo disponível. Essa estratégia evita a ansiedade e a angústia de ter um curso extenso para ser assistido e aumenta o compromisso da boa qualidade do estudo.

Por essa razão, os cursos por disciplinas avulsas são mais indicados quando se trata de gerar economia. Até porque o processo de entender e memorizar os assuntos varia individualmente e, por consequência, o formato do material usado também pode e deve ser diversificado. Ou seja, aprender direito administrativo é diferente de raciocínio lógico e o ideal é não usar os mesmos recursos.

Os livros, especialmente de direito, têm uma validade bastante reduzida em razão das mudanças constantes de legislação. Para esses casos, as versões digitais que permitam atualização são possibilidades mais viáveis e atrativas em comparação às impressas.

Sendo assim, a clareza e o autoconhecimento de como se aprende se tornam fatores determinantes para reduzir os custos de preparação e torná-los mais eficientes.

Pesquisa e recursos alternativos
A pesquisa de preços e benefícios é outro princípio básico de uma boa gestão financeira. Faz parte dessa lista comparar valores, agenda de entrega dos materiais e potenciais retornos, formas de pagamento e regras de cancelamento.

Entre as novidades do mercado estão os planos de assinatura dos cursos, que geram um comprometimento de gasto a longo prazo em troca de uma acesso a centenas de horas de cursos e outros materiais. O formato, semelhante às TVs por assinatura, brilha aos olhos dos acumuladores de conteúdo – mas, sem uma boa gestão do uso, será uma conta invisível e de alto custo na fatura do cartão de crédito.

Uma boa alternativa de economia é criar listas de links com os conteúdos em canais gratuitos no YouTube, redes sociais e sites de cursos e professores com os quais o aluno se identifica com a didática. É preciso fazer testes e ter o cuidado para não estudar conteúdos desatualizados, mas, ainda assim, vale a pena. As bibliotecas digitais, como as do Senado e da Câmara, têm uma extensa lista de conteúdos sem qualquer custo.

Para resolução de questões e simulados, há também uma grande variedade de opções, inclusive aplicativos com recursos gratuitos para gestão dos acertos e erros, bem como estatísticas dos tópicos mais recorrentes. A totalidade das ferramentas costuma só estar disponível mediante assinatura.

Alguns materiais podem ser compartilhados sem que se corra o risco de violar a Lei de Direitos Autorais. Comprar conteúdos em rateios é crime, mas estudar em grupo e dividir itens da biblioteca pode ser uma ótima maneira de economizar. Pode ser ainda mais proveitoso entre pessoas com conhecimentos complementares, o que possibilita que um dê aula para o outro.

Sem dúvida, o tempo investido em encontrar as melhores alternativas de custo-benefício para se preparar para as provas do concurso se reverte na qualidade do aprendizado sem reduzir a competitividade. O seu bolso agradece.

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