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Ano-Novo para concurseiros: dois fatores que frustram promessas

Falta de clareza e objetividade impedem preparação adequada e geram decepção

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As promessas são tão comuns no Ano-Novo quanto querer pular as sete ondas, comer sementes de romã e fazer a contagem regressiva da virada pulando só com o pé direito. Tudo para dar sorte e começar bem o novo calendário. Para os concurseiros, a sorte é um fator muito subjetivo para se contar na hora de uma boa preparação e ainda mais para conquistar uma vaga na carreira pública.

Alguns fatores agem de maneira mais impactante nos concurseiros quando se trata de promessas de Ano-Novo. São muitas as incertezas e as influências externas para concretização dos objetivos. A coluna Vaga Garantida avaliou as duas principais promessas que geram empecilhos e apresenta sugestões para solucionar cada uma delas.

Promessa 1: “Vou estudar mais”

Dizer que vai “estudar mais”, “focar mais”, “procrastinar menos” são erros comuns por uma razão simples: não são nada precisos nem claros o suficiente. “Mais” e “menos” são advérbios de comparação e, para serem usados com um objetivo, precisam de parâmetros específicos.

Definir o que significa “estudar mais” com números é o primeiro passo e deve ser feito por escrito. A etapa seguinte é validar a meta, ou seja, descobrir se a quantidade de horas é viável dentro do contexto dos demais compromissos que serão assumidos.

A maneira como essas horas serão cumpridas também deve ser considerada. O toque final será refletir e, em seguida, anotar o que pode ajudar na execução do plano e o que pode atrapalhar. O objetivo é encontrar soluções para evitar ou minimizar os impedimentos. Nesse processo, é bem possível que apareçam habilidades e hábitos a serem desenvolvidos, como dormir e acordar em horários definidos, ser mais organizado e negociar a agenda junto à família.

Promessa 2: “Vou ser aprovado neste ano”

Há também aqueles que dizem que serão aprovados no próximo ano. O pecado fatal está em se comprometer com algo que vai além de seu alcance. Muitos são os fatores externos que podem atrapalhar o cumprimento da promessa, como a não publicação do edital e o agendamento das provas ou, ainda, algum imprevisto, como a suspensão do concurso.

A frase tem impacto, mas pouca realidade e é um prato apetitoso para provocar frustração. Primeiro porque é possível estar pronto, com o estudo em dia e até competitivo para as provas, porém, a aprovação depende de outros aspectos. Depois, pode passar a ideia de que a escolha do cargo é de menor importância e o candidato irá escolher o concurso que estiver disponível no momento.

Ser competitivo é se apoderar dos aspectos individuais. Isso quer dizer ter conhecimento suficiente para acertar 75% ou mais das questões relacionadas a todo o conteúdo exigido nas provas e, de preferência, atendendo ao perfil da banca organizadora, se ela já for conhecida. Dessa forma, o peso da concorrência será menor e a aprovação dependerá de quando ocorrerão as avaliações. Esse é o principal motivo para se preparar com antecedência.

A falta de objetividade em escolher um cargo ou um concurso específico, mal de muitos candidatos, é reforçada pela máxima equivocada desse universo que diz: “O importante é passar, não importa onde”. Se não há identificação com as atividades e funções que serão exercidas depois da nomeação, em curto prazo, o risco de ficar desmotivado para os estudos cresce exponencialmente e, em longo prazo, existe a possibilidade de não ser um bom servidor público.

Para sanar a questão é recomendado um estudo detalhado das possibilidades da carreira pública e parar de uma vez por todas de escolher uma carreira a partir do número de vagas no edital ou da remuneração como únicos fatores. Esses cuidados vão permitir que o esforço empenhado impulsione as boas escolhas durante a preparação e o período como concurseiro se reduza.

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