Titica, diva trans do kuduro de Angola, chega para reinar no Brasil
Cantora brilhou no Rock in Rio ao lado da Baiana System com a canção “Capim Guiné” e despertou interesse dos brasileiros
atualizado
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Rainha trans do kuduro em Angola, Titica chegou com tudo ao Brasil e promete finalmente afinar os laços entre os países. O single “Capim Guiné”, da Baiana System, é um estouro e põe a estrela africana suavemente dentro da novíssima música brasileira. A passagem pelo Rock in Rio foi um estrondo, com Titica sendo paparicada pela imprensa nacional e internacional, além do assédio dos fãs, que foram ao aeroporto recepcioná-la.
Amo o que faço, considero-me uma artista abençoada. Conquistei tudo o que tenho, com a minha força. Não precisei pisar em ninguém para ter a carreira que tenho. Lutei, batalhei, chorei muito e aguentei muitos insultos… Mas graças a Deus superei tudo com dignidade.
Titica
As crianças foram os meus anjos. Não compro ninguém para ter sucesso. Tenho vários fãs, que me amam e apoiam incondicionalmente. Trabalho por eles.
Titica
Titica ajudou também a tirar o preconceito do kuduro, ritmo que estava atrelado à marginalidade, aos guetos. Suas canções, com forte batida eletrônica, propõem deliciosas brincadeiras com a dança. “Procura o Brinco” é uma febre e toca para além das fronteiras angolanas.
Em Angola, ela é premiadíssima. Seus videoclipes são ansiados pela imprensa e chega rapidamente à casa das centenas de milhares de visualizações. A vinda ao Brasil foi considerada histórica. Titica é a primeira artista angolana a pisar no palco do Rock in Rio.
A gravação de “Capim Guiné” ocorreu durante o mês de maio em São Paulo. Titica ficou impressionada com a politizada letra da canção. Ela vai mais para a sensualidade e para as questões de identidade do gueto. O resultado é contagiante. E põe a artista no mercado brasileiro.