Vacina Pfizer poderá ser comercializada por clínicas particulares

Autorização da Anvisa dá um passo à frente em relação ao registro de uso emergencial, que limita a aplicação das vacinas aos usuários do SUS

Bethânia Nunes
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O registro definitivo às vacinas contra Covid-19 dado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) dá a chance de compra e importação dos imunizantes pelo setor privado.

Nesta terça-feira (23/2) a Anvisa concedeu o primeiro registro desta categoria para vacinas contra Covid-19 no país, para a Comirnaty (BNT162b2), imunizante das empresas Pfizer e a Biontech. O registro estabelece o uso da vacina na população a partir dos 16 anos de idade, com esquema de duas doses com intervalo de 21 dias entre elas.

Diferentemente do registro de uso emergencial que permite que as doses adquiridas pelo Brasil sejam usadas apenas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) enquanto durar a pandemia, a autorização definitiva libera a comercialização da fórmula entre a farmacêutica e o setor privado do país pelo prazo de três anos.

Em nota divulgada nesta terça, a diretora da Anvisa, Meiruze Freitas, disse que “o registro abre caminho para a introdução no mercado de uma vacina com todas as salvaguardas, controles e obrigações resultantes dessa concessão”.

Nos estudos clínicos de fase 3, com 44 mil participantes nos Estados Unidos, Alemanha, Turquia, África do Sul, Brasil e Argentina, a vacina Pfizer/BioNTech apresentou eficácia global de 95% contra a Covid-19. A pesquisa incluiu a análise de diferentes grupos étnicos e pacientes com condições clínicas de risco. Entre os idosos com mais de 65 anos, a eficácia foi de 94%.

Negociação com o governo

Ainda em 2020, a Pfizer ofereceu 70 milhões de doses do imunizante ao Brasil, com entrega a ser iniciada em dezembro. Na época, o governo questionou as exigências feitas pelo laboratório e chegou a propor que, caso a vacina fosse aprovada, os brasileiros teriam que assinar um termo de compromisso antes de receber o imunizante, uma vez que a empresa pede a isenção de responsabilidade sobre os efeitos colaterais que possam surgir.

Em um ofício encaminhado pela farmacêutica ao Ministério da Saúde na semana passada, a Pfizer aumentou para 100 milhões o quantitativo de doses disponíveis para o governo brasileiro até o final de 2021, segundo informações da CNN. No cronograma, a empresa teria estabelecido a entrega de aproximadamente 9 milhões de doses de imediato, 35 milhões de doses até setembro e 60 milhões até dezembro.

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