Vacina de Oxford contra Covid-19 induz resposta imunológica em idosos

Resultados da fase 2 do estudo foram publicados pela revista científica The Lancet nessa quinta (18/11). Dados da fase 3 saem até o Natal

Bethânia Nunes
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A vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca demonstrou segurança e forte resposta imunológica em adultos de todas as idades, incluindo idosos com mais de 70 anos, segundo publicação dessa quarta-feira (18/11) da revista científica The Lancet, uma das mais prestigiadas.

Os resultados são da segunda fase do estudo clínico, conduzido na Inglaterra, com 560 pessoas saudáveis divididas em três grupos: 160 com idade entre 18 e 55 anos; 160 com idade entre 56 e 69 anos; e 240 com 70 anos ou mais – este último considerado de alto risco para o novo coronavírus.

“Esses achados são encorajadores, porque os indivíduos mais velhos correm um risco desproporcional de Covid-19 grave e, portanto, qualquer vacina adotada para uso contra a Sars-CoV-2 deve ser eficaz em adultos mais velhos”, escreveram os cientistas.

Os pesquisadores dividiram os voluntários em grupos que receberam uma ou duas doses do imunizante em intervalo de 28 dias. No estudo do tipo duplo-cego, parte dos participantes recebeu a vacina batizada de ChAdOx1 nCoV-19 – os demais fizeram uso de placebo no chamado grupo controle.

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Imunização semelhante

A imugenidade foi semelhante entre os voluntários de todas as idades. Os anticorpos neutralizantes ao novo coronavírus foram encontrados em 99% dos participantes em até 28 dias após a segunda dose.

Além disso, o estudo mostrou pico na quantidade de células T – tipo de linfócitos encontrado no sangue que age diretamente nas células infectadas pelo novo coronavírus para impedir que a infecção se espalhe entre as células saudáveis – no 14º dia após a aplicação da primeira dose.

A maioria dos eventos adversos relatados foi de gravidade leve a moderada, mais frequente entre os jovens do que nos voluntários idosos. Os efeitos colaterais mais comuns foram dor e sensibilidade no local da injeção nas primeiras 48 horas após a vacinação, além de fadiga, dor de cabeça, febre e dor muscular.

A vacina de Oxford é uma das que apresentam estudos mais avançados no mundo. A terceira fase da pesquisa está em curso, com voluntários no Reino Unido, nos EUA, na Índia, no Brasil e na África do Sul. A expectativa das fabricantes é de que os resultados preliminares da última etapa do estudo saiam até o Natal.

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