Vacina da Pfizer consegue neutralizar mutação do coronavírus em laboratório

Pesquisa feita com plasma sanguíneo de pessoas imunizadas mostrou que defesa induzida pela vacina neutraliza variante britânica

Glaucia Chaves
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Testes preliminares divulgados nesta terça-feira (19/1) por cientistas da Pfizer e da BioNTech mostraram que a vacina produzida pelas duas farmacêuticas é capaz de combater a variante britânica do coronavírus, a B.1.1.7. Os dados ainda precisam ser revisados por outros pesquisadores para serem publicados em revistas científicas.

De acordo com o estudo, a nova cepa, identificada pela primeira vez no Reino Unido, foi neutralizada em laboratório. Os pesquisadores utilizaram soros de 16 pessoas que participaram dos ensaios clínicos da vacina e descobriram que a defesa induzida pela fórmula é capaz de acabar tanto com a versão original do coronavírus quanto com a B.1.1.7.

Em um comunicado, os pesquisadores informaram que “os soros imunes tinham títulos [concentrações] neutralizantes equivalentes para ambas as variantes”, o que indicaria que a vacina foi capaz de combater a mutação.

Os novos dados e a eficácia de 95% da vacina seriam suficientes para tornar “improvável” que a linhagem B.1.1.7 escape da proteção do imunizante, segundo os pesquisadores.

No início de janeiro, uma pesquisa da Pfizer em parceria com a Universidade do Texas já havia sugerido que a vacina é capaz de proteger contra as novas variantes descobertas no Reino Unido e na África do Sul. Os anticorpos presentes em amostras de sangue de 20 pessoas que receberam a profilaxia conseguiram combater as novas cepas do vírus em um estudo de laboratório.

Por enquanto, a vacina Pfizer/BioNTech não consta no Plano Nacional de Imunização (PNI) definido pelo governo federal. Somente os imunizantes Coronavac e Oxford/AstraZeneca receberam autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso emergencial no país.

A variante detectada no Reino Unido pode ser até 70% mais transmissível do que as versões anteriores do vírus, de acordo com o primeiro-ministro Boris Johnson. A nova mutação foi identificada pela primeira vez no sudeste da Inglaterra em setembro de 2020.

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